Economia

Itália recebe milhares de sugestões de cortes no orçamento

Na página oficial dedicada ao plano de Monti, batizado de Spending Review (revisão de gastos), há um link no qual os internautas podem enviar suas sugestões

Embora a iniciativa de Monti tenha recebido críticas da maioria dos partidos políticos, os italianos parecem ter gostado da proposta (Alberto Pizzoli/AFP)

Embora a iniciativa de Monti tenha recebido críticas da maioria dos partidos políticos, os italianos parecem ter gostado da proposta (Alberto Pizzoli/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2012 às 21h05.

Roma - Os italianos responderam em massa a proposta do chefe de governo, o tecnocrata Mario Monti, de indicar por meio da internet sugestões de como o país pode cortar gastos e desde 2 de maio já foram enviadas mais de 95 mil mensagens.

Na página oficial dedicada ao plano de Monti, batizado de Spending Review (revisão de gastos), há um link no qual os internautas podem enviar suas sugestões.

Em comunicado divulgado nesta terça-feira, o governo apontou algumas das indicações dos italianos, que defenderam cortes na ''saúde, setores públicos, carros oficiais, teto dos salários, economia de energia, assessorias externas e aposentadorias milionárias''.

Embora a iniciativa de Monti tenha recebido críticas da maioria dos partidos políticos, os italianos parecem ter gostado da proposta, pois ''enviam suas sugestões com uma média de uma mensagem a cada dois segundos''.

A iniciativa pretende ajudar o recém nomeado comissário extraordinário para a redução de despesas da administração pública, Enrico Bondi, a elaborar um plano para o país economizar 4,2 bilhões de euros e evitar assim a alta do IVA (Imposto de Valor Agregado) de 21% a 23%, o que está previsto para ocorrer em outubro.

O governo explicou que a maior participação na iniciativa foi de jovens, mas também escreveram ''funcionários, autônomos, pesquisadores, professores universitários, assim como empresários, associações, organizações sem fins lucrativos e grupos de analistas''.

Uma mensagem citada faz referência a denúncia de um cidadão de Treviso, que afirmou que os alimentos dos refeitórios de instituições públicas são jogados no lixo e que a calefação desses locais fica ligada o tempo todo.

O governo destaca que a questão mais indicada são os ''custos da política'', como por exemplo ''os carros de Estado'', ''pensões'' e os ''salários'' dos dirigentes públicos.

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