Economia

Itália negocia criar empresa ferroviária com ajuda da GE

Segundo sindicalistas, ação seria uma última intervenção do governo para ajudar companhias afetadas pela recessão


	Trem sobre trilhos: plano envolveria uma holding estatal que teria grandes fatias minoritárias na fabricante de trens Ansaldo Breda e na empresa de sinalização ferroviária Ansaldo STS
 (Alexander Joe/AFP)

Trem sobre trilhos: plano envolveria uma holding estatal que teria grandes fatias minoritárias na fabricante de trens Ansaldo Breda e na empresa de sinalização ferroviária Ansaldo STS (Alexander Joe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 16h37.

Milão - A Itália está em negociação para criar um grupo ferroviário nacional e atrair a General Electric ou outra companhia estrangeira como investidora majoritária, afirmaram sindicatos nesta sexta-feira, na última intervenção do governo para ajudar companhias afetadas pela recessão.

O plano envolveria uma holding estatal que teria grandes fatias minoritárias na fabricante de trens Ansaldo Breda e na empresa de sinalização ferroviária Ansaldo STS, que foram colocadas à venda pelo grupo de defesa Finmeccanica, disseram.

A Finmeccanica, na qual o Estado detém uma fatia de 30 por cento, colocou sua empresa ferroviária e outros ativos não essenciais à venda aproximadamente dois anos atrás em uma tentativa de reduzir sua dívida de aproximadamente 5 bilhões de euros (6,8 bilhões de dólares) e focar no aeroespaço e defesa.

A ideia de uma empresa ferroviária líder já havia sido levantada pelo primeiro-ministro, Enrico Letta. Junto com um plano de resgate para a companhia aérea Alitalia, é outro exemplo do crescente papel do governo na recuperação da economia em recessão.

A Finmeccanica, que concordou na semana passada em vender sua subsidiária de gás Ansaldo Energia para o fundo estatal FSI, é dona de toda a Ansaldo Breda assim como de 40 por cento da Ansaldo STS, que tem um valor de mercado de 1,3 bilhão de euros.

A Finmeccanica precisa vender esses ativos para participar de uma esperada consolidação da indústria de defesa europeia, que está sofrendo com cortes de orçamento nos mercados maduros.

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