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Letta revela novo orçamento da Itália

Governo divulgou proposta para 2014 sem os cortes planejados na saúde e com uma alíquota menor do imposto trabalhista.

Primeiro-minsitro da Itália, Enrico Letta, participa de uma conferência de imprensa após encontro em Roma (Tony Gentile/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2013 às 18h18.

O governo da Itália divulgou hoje a proposta orçamentária para 2014 sem os cortes planejados no orçamento da saúde e com uma alíquota menor do imposto trabalhista.

Ao apresentar o plano para o ano que vem, o primeiro-ministro Enrico Letta disse que "esse é o primeiro orçamento sem aumento de impostos ou cortes sociais em anos".

A ideia de elevar a alíquota do imposto sobre investimentos financeiros de 20% para 22%, que constava vagamente num esboço inicial do orçamento, foi abandonada pelo governo, conforme previram autoridades seniores do governo.

Alguns elementos do decreto, que foi enviado ontem à meia-noite à Comissão Europeia, seriam decididos mais à frente pelo Parlamento italiano, ainda que dentro dos parâmetros que a coalizão de governo estabeleceu para o projeto.

A proposta orçamentária do governo italiano prevê 11,5 bilhões de euros em ajustes fiscais neste ano e outros 7,5 bilhões de euros em cada um dos próximos dois anos, segundo Letta. Essas somas referem-se ao valor total das medidas que buscam reduzir o déficit orçamentário da Itália a praticamente zero até 2016.

Uma das premissas do governo para o projeto é que o prêmio de risco ou yield mais elevado a ser pedido pelos investidores para comprarem bônus soberanos da Itália irão diminuir, disse o ministro da Economia Fabrizio Saccomanni. "Há razões para ser otimista em relação a isso", afirmou.

O principal destaque da proposta orçamentária do governo são quase 11 bilhões de euros em cortes na chamada carga tributária, que inclui todos os tipos de taxações sobre o custo do trabalho. Essa carga de impostos será diluída ao longo de três anos e até mesmo dividida entre empregadores e trabalhadores. O alvo da isenção tributária, em particular, são os salários médios e mais baixos e as empresas que concordarem em agregar novos trabalhadores permanentes adicionais à sua força de trabalho.

Segundo Letta, a proposta pretende reduzir a carga tributária total em cerca de um ponto porcentual do PIB, para 43,3% do PIB, ao longo do horizonte de três anos. A fonte primária de recursos para essa renúncia fiscal foi encontrada no corte de 3,5 bilhões de euros em gastos públicos, a maior parte nas despesas do governo central, e na previsão de levantar 3,2 bilhões de euros por meio da venda de ativos estatais. Recursos adicionais virão da reavaliação de ações que bancos comerciais domésticos detêm no Banco da Itália, resultado de um aumento no valor contábil ocorrido em 1936. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O governo da Itália divulgou hoje a proposta orçamentária para 2014 sem os cortes planejados no orçamento da saúde e com uma alíquota menor do imposto trabalhista.

Ao apresentar o plano para o ano que vem, o primeiro-ministro Enrico Letta disse que "esse é o primeiro orçamento sem aumento de impostos ou cortes sociais em anos".

A ideia de elevar a alíquota do imposto sobre investimentos financeiros de 20% para 22%, que constava vagamente num esboço inicial do orçamento, foi abandonada pelo governo, conforme previram autoridades seniores do governo.

Alguns elementos do decreto, que foi enviado ontem à meia-noite à Comissão Europeia, seriam decididos mais à frente pelo Parlamento italiano, ainda que dentro dos parâmetros que a coalizão de governo estabeleceu para o projeto.

A proposta orçamentária do governo italiano prevê 11,5 bilhões de euros em ajustes fiscais neste ano e outros 7,5 bilhões de euros em cada um dos próximos dois anos, segundo Letta. Essas somas referem-se ao valor total das medidas que buscam reduzir o déficit orçamentário da Itália a praticamente zero até 2016.

Uma das premissas do governo para o projeto é que o prêmio de risco ou yield mais elevado a ser pedido pelos investidores para comprarem bônus soberanos da Itália irão diminuir, disse o ministro da Economia Fabrizio Saccomanni. "Há razões para ser otimista em relação a isso", afirmou.

O principal destaque da proposta orçamentária do governo são quase 11 bilhões de euros em cortes na chamada carga tributária, que inclui todos os tipos de taxações sobre o custo do trabalho. Essa carga de impostos será diluída ao longo de três anos e até mesmo dividida entre empregadores e trabalhadores. O alvo da isenção tributária, em particular, são os salários médios e mais baixos e as empresas que concordarem em agregar novos trabalhadores permanentes adicionais à sua força de trabalho.

Segundo Letta, a proposta pretende reduzir a carga tributária total em cerca de um ponto porcentual do PIB, para 43,3% do PIB, ao longo do horizonte de três anos. A fonte primária de recursos para essa renúncia fiscal foi encontrada no corte de 3,5 bilhões de euros em gastos públicos, a maior parte nas despesas do governo central, e na previsão de levantar 3,2 bilhões de euros por meio da venda de ativos estatais. Recursos adicionais virão da reavaliação de ações que bancos comerciais domésticos detêm no Banco da Itália, resultado de um aumento no valor contábil ocorrido em 1936. Fonte: Dow Jones Newswires.

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