Economia

Ipea vê desaquecimento no mercado de trabalho

A maioria dos indicadores do mercado de trabalho no primeiro semestre aponta para o fim do quadro de redução sucessiva das taxas


	Consumidores durante saldão: o crescimento econômico, "tão necessário para reaquecer o mercado de trabalho", terá de vir de outras fontes que não o consumo das famílias, aconselha o Ipea
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Consumidores durante saldão: o crescimento econômico, "tão necessário para reaquecer o mercado de trabalho", terá de vir de outras fontes que não o consumo das famílias, aconselha o Ipea (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 11h50.

Rio de Janeiro - Embora o nível de desemprego no país permaneça baixo, a maioria dos indicadores do mercado de trabalho no primeiro semestre, e também os dados de julho, aponta para o fim do quadro de redução sucessiva das taxas. A análise está no boletim Mercado de trabalho: conjuntura e análise, lançado nesta quarta-feira, 4, pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea).

No entanto, para o editor responsável do boletim, Carlos Henrique Corseuil, diretor adjunto de Estudos e Políticas Sociais do instituto, uma eventual recuperação da atividade econômica pode levar a um quadro melhor no segundo semestre.

"A impressão é que existe uma defasagem no mercado de trabalho em relação ao nível de atividade. O primeiro semestre deste ano refletiu a perda de dinamismo na atividade no segundo semestre de 2012. Se o retrato for esse mesmo, nos deixa esperançosos (para este segundo semestre), pois o PIB está se recuperando", disse Corseuil, no Rio.

Apesar disso, os dados de julho "deixam dúvidas quanto à continuidade dos movimentos" de melhora, diz o Instituto no boletim. Dessa forma, o crescimento econômico, "tão necessário para reaquecer o mercado de trabalho", terá de vir de outras fontes que não o consumo das famílias, na avaliação de pesquisadores do Ipea.

Segundo os dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nível de ocupação está "virtualmente estagnado", fazendo os rendimentos médios do trabalhador pararem de crescer, ou até caírem, segundo análise do Ipea.

Comparando as taxas de desemprego, Corseuil nota que, a cada ano, elas apresentaram índices abaixo dos de anos anteriores. "Aquela tendência de queda no desemprego terminou", afirmou Corseuil. O pesquisador destacou, porém, que o nível de informalidade no emprego segue em processo de melhoria. No primeiro semestre de 2013, a taxa de informalidade ficou em 33,2%, queda de 0,9 ponto porcentual em relação a igual período de 2012.

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