Exame Logo

Ipea informa que crescimento do PIB segue moderado neste ano

A reversão desse quadro passa pelo aumento dos investimentos, analisam os economistas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

Infraestrutura: para melhorar ritmo de crescimento, expansão dos investimentos deve ocorrer não somente na produção, mas também na infraestrutura, aponta Ipea (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2014 às 19h48.

Rio de Janeiro - O menor volume de investimentos e o ritmo moderado de consumo das famílias levam o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea ) a apontar, na Carta de Conjuntura divulgada hoje (26), no Rio de Janeiro, que a economia deve manter crescimento contido nos próximos meses.

“O mais provável é que não haja grandes alterações no quadro econômico, ao longo de 2014, seja para melhor ou para pior. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezes produzidas no país) permanecerá moderado e ainda sujeito a alguma volatilidade; a inflação se manterá em patamar mais próximo do teto da meta de inflação [de 6,5%] do que do centro [4,5%], mas sem grandes riscos de aceleração, tendo em vista, inclusive, os efeitos defasados do atual ciclo de aperto da política monetária; e as contas externas permanecerão sob controle, ainda que haja aumento do déficit em transações correntes”, diz o documento.

A reversão desse quadro passa pelo aumento dos investimentos, analisam os economistas do Ipea. A recuperação recente da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é vista como muito positiva pelo instituto, cujos técnicos observam, entretanto, a necessidade de se garantir que “a expansão do investimento seja um fenômeno mais generalizado e sustentável, e não tenha caráter pontual e volátil”.

Para melhorar o ritmo de crescimento, a expansão dos investimentos deve ocorrer não somente na produção, mas também na infraestrutura, aponta o Ipea.

Segundo o instituto, “isso justifica a ênfase da política governamental no programa de concessões e na provisão de condições favoráveis de financiamento do investimento, associado a um esforço de expansão dos investimentos públicos, em que pese as restrições fiscais”.

A tendência, segundo disse o coordenador do Grupo de Estudos de Conjuntura (Gecon) do Ipea, Fernando Ribeiro, na divulgação da Carta de Conjuntura, é que o PIB crescerá este ano entre 2% e 2,5%. "Essa tendência pode se sustentar, mas vai depender bastante do investimento", salientou.

Em relação ao mercado de trabalho, o Ipea sinaliza que “há alguns indícios de que o crescimento moderado da economia brasileira já afeta o ritmo da ocupação no país”.

O documento prevê que a taxa de desemprego permanecerá em níveis baixos, devido ao crescimento mais lento da força de trabalho, “colaborando também para a manutenção de ganhos, ainda que modestos, dos salários reais”.

Veja também

Rio de Janeiro - O menor volume de investimentos e o ritmo moderado de consumo das famílias levam o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ( Ipea ) a apontar, na Carta de Conjuntura divulgada hoje (26), no Rio de Janeiro, que a economia deve manter crescimento contido nos próximos meses.

“O mais provável é que não haja grandes alterações no quadro econômico, ao longo de 2014, seja para melhor ou para pior. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezes produzidas no país) permanecerá moderado e ainda sujeito a alguma volatilidade; a inflação se manterá em patamar mais próximo do teto da meta de inflação [de 6,5%] do que do centro [4,5%], mas sem grandes riscos de aceleração, tendo em vista, inclusive, os efeitos defasados do atual ciclo de aperto da política monetária; e as contas externas permanecerão sob controle, ainda que haja aumento do déficit em transações correntes”, diz o documento.

A reversão desse quadro passa pelo aumento dos investimentos, analisam os economistas do Ipea. A recuperação recente da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) é vista como muito positiva pelo instituto, cujos técnicos observam, entretanto, a necessidade de se garantir que “a expansão do investimento seja um fenômeno mais generalizado e sustentável, e não tenha caráter pontual e volátil”.

Para melhorar o ritmo de crescimento, a expansão dos investimentos deve ocorrer não somente na produção, mas também na infraestrutura, aponta o Ipea.

Segundo o instituto, “isso justifica a ênfase da política governamental no programa de concessões e na provisão de condições favoráveis de financiamento do investimento, associado a um esforço de expansão dos investimentos públicos, em que pese as restrições fiscais”.

A tendência, segundo disse o coordenador do Grupo de Estudos de Conjuntura (Gecon) do Ipea, Fernando Ribeiro, na divulgação da Carta de Conjuntura, é que o PIB crescerá este ano entre 2% e 2,5%. "Essa tendência pode se sustentar, mas vai depender bastante do investimento", salientou.

Em relação ao mercado de trabalho, o Ipea sinaliza que “há alguns indícios de que o crescimento moderado da economia brasileira já afeta o ritmo da ocupação no país”.

O documento prevê que a taxa de desemprego permanecerá em níveis baixos, devido ao crescimento mais lento da força de trabalho, “colaborando também para a manutenção de ganhos, ainda que modestos, dos salários reais”.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraInvestimentos de empresasInvestimentos de governoIpeaPIBPIB do Brasil

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame