Economia

IPCA sobe para 0,20% em julho, afirma IBGE

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho teve variação de 0,20%, superior ao resultado de junho (-0,15%) em 0,35 ponto percentual. Com o resultado de julho, o IPCA acumulou 6,85% no ano, acima do percentual de 4,17% relativo a igual período de 2002. Nos últimos doze meses, o índice […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho teve variação de 0,20%, superior ao resultado de junho (-0,15%) em 0,35 ponto percentual. Com o resultado de julho, o IPCA acumulou 6,85% no ano, acima do percentual de 4,17% relativo a igual período de 2002. Nos últimos doze meses, o índice situou-se em 15,43%, resultado inferior aos doze meses imediatamente anteriores (16,57%). Em julho de 2002, o IPCA teve variação de 1,19%. A inflação de 0,20% ainda ficou abaixo da expectativa dos analistas, que consideravam uma taxa de 0,25%, pelo menos.

Os produtos não alimentícios aumentaram 0,47% e ficaram acima do resultado de junho (-0,09%). Telefone e energia, que juntos tiveram impacto de 0,36 ponto percentual no índice, foram os principais itens responsáveis pela alta do IPCA de junho para julho. A conta de telefone fixo, que ficou em média 9,03% mais cara com o reajuste ocorrido em todas as regiões, teve a maior contribuição individual no índice (0,27 ponto percentual). A energia elétrica, cujo aumento médio foi de 2,06% nas onze regiões, contribuiu com 0,09 ponto e refletiu, sobretudo, o reajuste ocorrido em São Paulo.

Os preços da gasolina, álcool e alimentos, por outro lado, continuaram caindo. A gasolina, com variação de -2,74%, teve queda menos intensa do que a observada em junho (-4.94%). Embora expressiva, a queda no álcool também foi menor: de -12,14% em junho passou para -10,28% em julho. Ainda assim, álcool e gasolina tiveram as maiores contribuições individuais negativas no índice do mês: -0,11 ponto percentual cada e, juntos, somaram -0,22.

Nos alimentos, a queda foi mais significativa do que no mês anterior: de -0,34% em junho passou para -0,67% em julho. A maioria dos produtos apresentou variação negativa, incluindo o arroz, que da alta de 6,20% de junho passou para -0,15%. Itens importantes como pão francês (-2,59%) e óleo de soja (-1,89%) também apresentaram preços em queda, mas as maiores variações negativas foram da batata-inglesa (-21,14%), cebola (-14,33%), feijão carioca (-13,17%), tomate (-9,56%) e açúcar cristal (-8,98%). Entre os produtos que tiveram alta de um mês para o outro, o principal destaque foi a cerveja, que passou de 1,33% para 5,46%, seguida de refrigerantes (de 0,42% para 1,09%), carnes (de -0,95% para 0,73%) e ovos (de -1,80% para 0,20%).

Entre as regiões pesquisadas, o maior índice registrado foi de Belo Horizonte (0,45%), onde alguns itens como condomínio (2,82%) e vestuário (0,93%) tiveram variações superiores à média. A menor queda ficou com Fortaleza (-0,05%), único índice com variação negativa.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte. Abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do IPCA de julho foram comparados os preços coletados no período de 28 de junho a 28 de julho (referência) com os preços vigentes no período de 30 de maio a 27 de junho (base).

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