O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de janeiro apresentou variação de 2,25% e ficou 0,15 ponto percentual acima do resultado anterior (o IPCA de dezembro foi de 2,10%). Nos últimos dozes meses o índice situou-se em 14,47%, ficando acima dos doze meses imediatamente anteriores, 12,53%. Em janeiro de 2002, a taxa do IPCA foi 0,52%, segundo pesquisa do IBGE.

O crescimento da taxa de um mês para o outro foi provocado, basicamente, pelos reajustes nos preços dos combustíveis, ocorridos no final do ano, e pelos aumentos nas tarifas de ônibus urbanos. A gasolina passou de 1,28% para 8,82% e foi responsável pela maior contribuição individual no índice do mês, 0,39 ponto percentual. A seguir vieram as tarifas dos ônibus urbanos, que passaram de 2,67% para 4,99% e contribuíram com 0,23 ponto, registrando aumentos em seis das onze áreas pesquisadas.

Os alimentos, com 2,15% e contribuição de 0,51 ponto percentual, continuaram mostrando desaceleração no ritmo de crescimento de preços tendo em vista, principalmente, a menor influência do dólar. Apesar dos aumentos ainda expressivos, a maioria dos produtos revelou reduções nas taxas de variações de preços de dezembro para janeiro, a exemplo do óleo de soja (de 5,42% para 2,69%) e do macarrão (de 5,32% para 2,85%).

O maior índice regional foi registrado em Salvador (2,74%), onde vários itens tiveram aumentos acima da média. Destacaram-se a gasolina (9,60%), os ônibus urbanos (8,18%) e o gás de cozinha (7,71%).O menor resultado ficou com Recife (1,70%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.

Para cálculo do IPCA de janeiro foram comparados os preços coletados no período de 27 de dezembro a 29 de janeiro (referência) com os preços vigentes no período de 27 de novembro a 26 de dezembro de 2002 (base).

INPC de janeiro foi 2,47%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 2,47% e ficou 0,23 ponto percentual abaixo do resultado de dezembro, 2,70%. Os alimentos, que haviam aumentado 4,25% em dezembro e passaram para 2,44%, foram os responsáveis pela redução na taxa de um mês para o outro.

O maior índice regional foi registrado em Belo Horizonte (3,14%) devido, principalmente, à alta das tarifas dos ônibus urbanos (10,43%). O menor ficou com Goiânia (1,67%).