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IPC está resistente, mas pode desacelerar a 0,84% este mês

No entanto, o economista acredita que o IPC poderá terminar este ano com uma alta de 11,09%, e não mais em 10,40%, como previa anteriormente

Mulher caminha em supermercado: se a taxa fechar nessa marca, será a maior desde 1995, quando ficou em 23,17%. "A inflação segue resistente", disse (Andre Vieira/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 13h52.

São Paulo - Após fechar novembro em 1,06%, a inflação na capital paulista deve desacelerar e terminar dezembro em 0,84%, de acordo com o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor ( IPC ), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas ( Fipe ), André Chagas.

No entanto, o economista acredita que o IPC poderá terminar este ano com uma alta de 11,09%, e não mais em 10,40%, como previa anteriormente.

Se a taxa fechar nessa marca, será a maior desde 1995, quando ficou em 23,17%. "A inflação segue resistente", disse.

A expectativa de Chagas é de que o grupo Alimentação saia de uma alta de 2,26% no mês passado, para 1,64% em dezembro, devido à sazonalidade um pouco mais favorável nesta época do ano.

"Pode ser que dê algum alívio, mas será sazonal", afirmou, lembrando das condições climáticas adversas neste período e ainda de eventuais promoções de itens alimentícios, especialmente nas últimas duas semanas do mês.

Em novembro, a inflação de alimentos ganhou força ante outubro (1,31%) influenciada por todos os subgrupos. A classe de industrializados teve alta de 1,86%, puxada em grande parte pelo encarecimento do açúcar (13,29%), enquanto semielaborados atingiram 1,40%, com taxa positiva em carne bovina (1,66%).

"O contraponto foi a queda de 2,19% em leites. O que ajudou a segurar um pouco a alta de semielaborados", disse.

Já os alimentos in natura tiveram variação expressiva de 5,88%, com destaque para a alta de 24,97% no preço do tomate.

"Provavelmente, em dezembro, os in natura podem desacelerar", estimou.

O grupo Transportes, que arrefeceu o ritmo de alta de 1,55% para 1,10% em novembro, deve continuar desacelerando este mês e fechar em 0,73%, a despeito das pressões do etanol.

Passado o impacto do reajuste nos preços da gasolina, o economista disse que o valor do etanol deve seguir elevado, influenciado pelo encarecimento do açúcar no atacado.

"Já subiu cerca de 60% ao produtor nos últimos três meses. No IPC-Fipe, no ano até novembro, a alta é de 21,62%. Ou seja, ainda tem espaço para subir mais à frente", estimou Chagas.

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São Paulo - Após fechar novembro em 1,06%, a inflação na capital paulista deve desacelerar e terminar dezembro em 0,84%, de acordo com o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor ( IPC ), da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas ( Fipe ), André Chagas.

No entanto, o economista acredita que o IPC poderá terminar este ano com uma alta de 11,09%, e não mais em 10,40%, como previa anteriormente.

Se a taxa fechar nessa marca, será a maior desde 1995, quando ficou em 23,17%. "A inflação segue resistente", disse.

A expectativa de Chagas é de que o grupo Alimentação saia de uma alta de 2,26% no mês passado, para 1,64% em dezembro, devido à sazonalidade um pouco mais favorável nesta época do ano.

"Pode ser que dê algum alívio, mas será sazonal", afirmou, lembrando das condições climáticas adversas neste período e ainda de eventuais promoções de itens alimentícios, especialmente nas últimas duas semanas do mês.

Em novembro, a inflação de alimentos ganhou força ante outubro (1,31%) influenciada por todos os subgrupos. A classe de industrializados teve alta de 1,86%, puxada em grande parte pelo encarecimento do açúcar (13,29%), enquanto semielaborados atingiram 1,40%, com taxa positiva em carne bovina (1,66%).

"O contraponto foi a queda de 2,19% em leites. O que ajudou a segurar um pouco a alta de semielaborados", disse.

Já os alimentos in natura tiveram variação expressiva de 5,88%, com destaque para a alta de 24,97% no preço do tomate.

"Provavelmente, em dezembro, os in natura podem desacelerar", estimou.

O grupo Transportes, que arrefeceu o ritmo de alta de 1,55% para 1,10% em novembro, deve continuar desacelerando este mês e fechar em 0,73%, a despeito das pressões do etanol.

Passado o impacto do reajuste nos preços da gasolina, o economista disse que o valor do etanol deve seguir elevado, influenciado pelo encarecimento do açúcar no atacado.

"Já subiu cerca de 60% ao produtor nos últimos três meses. No IPC-Fipe, no ano até novembro, a alta é de 21,62%. Ou seja, ainda tem espaço para subir mais à frente", estimou Chagas.

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