Economia

Investimentos diretos estrangeiros da China caem em janeiro

Queda dos fluxos de investimentos destaca os desafios que o país encara ao competir por recursos com rivais em um ambiente de crescimento global lento


	A redução foi a mais forte desde a queda de 9,9 por cento em novembro de 2009 e a pior perfomance de janeiro em quatro anos
 (Getty Images)

A redução foi a mais forte desde a queda de 9,9 por cento em novembro de 2009 e a pior perfomance de janeiro em quatro anos (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 11h11.

Pequim - Os fluxos de investimentos diretos estrangeiros da China caíram em janeiro em seu ritmo mais rápido em mais de três anos, destacando os desafios que o país encara ao competir por recursos com rivais em um ambiente de crescimento global lento.

Dados do Ministério do Comércio chinês mostraram na quarta-feira que os investimentos diretos somaram 9,3 bilhões de dólares, uma queda de 7,3 em relação a um ano atrás.

A redução foi a mais forte desde a queda de 9,9 por cento em novembro de 2009 e a pior perfomance de janeiro em quatro anos.

Em dezembro, o investimento direto estrangeiro (IED) somou 11,7 bilhões de dólares, com as entradas vindas de importantes economias asiáticas e dos Estados Unidos em queda, refletindo o que analistas dizem ser a percepção estrangeira de um declínio nas perspectivas de curto prazo do crescimento chinês.

Para Zhang Zhiwei, economista-chefe para China da Nomura em Hong Kong, a queda contínua no investimento direto estrangeiro --a maior sequência desde a crise financeira global-- é um indicativo dos crescentes desafios competitivos encarados pelo maior exportador industrial do mundo.

Pequim tem dito que quer trazer 120 bilhões de dólares em investimentos diretos a cada ano entre 2012 e 2015.

"Nós esperamos que posteriormente no ano o IED irá recuperar modestamente, na medida em que a confiança nos negócios globais melhore", afirmou Dariusz Kowalczyk, economista sênior e estrategista para a Ásia excluindo o Japão no Credit Agricole CIB, em uma nota para seus clientes.

Os dados do IED surgem depois da divulgação de números melhores que o esperado sobre comércio em janeiro, que apontaram para uma sólida recuperação nas demandas doméstica e externa após o crescimento econômico da China ter desacelerado em 2012 para o nível mais baixo em 13 anos, embora a taxa de 7,8 por cento seja motivo de inveja para as principais economias do mundo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaImigração

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega