Economia

Investimentos deverão crescer em 2013, diz Mantega

Para o ministro, a recaída da crise internacional em 2011 e 2012 prejudicou o ritmo dos investimentos no país, mas a retomada já começou


	Guido Mantega: "A população brasileira conhece mais a crise pelos veículos de comunicação do que pelo seu dia a dia”, afirmou o ministro da Fazenda
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Guido Mantega: "A população brasileira conhece mais a crise pelos veículos de comunicação do que pelo seu dia a dia”, afirmou o ministro da Fazenda (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2012 às 05h17.

São Paulo – Os investimentos já estão em recuperação e deverão voltar a crescer a partir do início de 2013, disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nessa segunda-feira (3) à noite em São Paulo, depois de receber o prêmio Brasileiro do Ano, da revista IstoÉ. Para ele, a recaída da crise internacional em 2011 e 2012 prejudicou o ritmo dos investimentos no país, mas a retomada já começou.

“Qualquer economista iniciado sabe que em períodos de crise importantes o investimento é o primeiro a se retrair e o último a voltar, depois que o consumo e a indústria reaceleram. Por isso, 2012 é muito parecido com 2009, quando o investimento só retornou no último trimestre do ano. Com os dados mais recentes, já podemos ver um processo de recuperação do investimento, que deverá a voltar a crescer em 2013”, acrescentou Mantega.

Ele destacou que, com a atual política de juros, o Brasil está deixando de ser conhecido como país de “rentistas” (que vivem de renda proveniente da aplicação de capitais) para assumir um papel de grande produtor. “A grande redução dos juros que foi promovida no último ano é uma revolução que vai estimular todo o aparato produtivo”, disse.

“Essa mudança estrutural não tem efeito imediato. A economia brasileira tem de se desintoxicar do vício de juros altos. Certamente o Brasil não será mais conhecido como o país dos rentistas, mas como o país da produção”, acrescentou.

Mantega lembrou que o país apresenta dados positivos de empregabilidade e renda, que o governo tem feito desonerações e o real está menos valorizado, o que facilita as exportações. Segundo ele, o país registrou crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 4,2% no período de 2006 a 2011, um dos maiores da história.

“A renda e o bem-estar também melhoraram. A população brasileira conhece mais a crise pelos veículos de comunicação do que pelo seu dia a dia”, acrescentou.

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