Economia

Investimento federal pode ter crescimento menor que custeio

Para Augustin, secretário do Tesouro Nacional, queda dos investimentos é pontual e deve-se a fatores como atrasos no cronograma de obras e à greve no Dnit


	Arno Augustin: segundo secretário do Tesouro, investimentos vão crescer em relação aos do ano passado, mas ainda não dá para saber a intensidade da expansão
 (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

Arno Augustin: segundo secretário do Tesouro, investimentos vão crescer em relação aos do ano passado, mas ainda não dá para saber a intensidade da expansão (Wilson Dias/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 19h23.

Brasília – Depois de assegurar, nos últimos meses, que os investimentos federais fechariam o ano com crescimento maior que os gastos de custeio (manutenção da máquina pública), o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, admitiu que os gastos com obras e compra de equipamentos podem subir menos que o inicialmente previsto pelo governo.

Segundo ele, os investimentos vão crescer em relação aos do ano passado, mas ainda não dá para saber a intensidade da expansão.

“Certamente, os investimentos vão aumentar mais que o PIB [Produto Interno Bruto] nominal, mas ainda precisamos ver se o crescimento será suficiente para se igualar aos gastos de custeio”, disse o secretário.

De acordo com números divulgados hoje (27) pelo Tesouro Nacional, as despesas de custeio cresceram 21,8%, em valores nominais, de janeiro a agosto em relação ao mesmo período do ano passado.

Os investimentos, no entanto, desaceleraram pelo quarto mês consecutivo e acumulam queda de 0,8% em 2013 (R$ 42,1 bilhões) na comparação com os oito primeiros meses de 2012 (R$ 42,5 bilhões).

Para Augustin, a queda dos investimentos é pontual e deve-se a fatores como atrasos no cronograma de obras e à greve no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ele disse que os gastos com obras públicas avançaram em setembro. “Nos últimos meses do ano, os investimentos subirão bastante”, assegurou o secretário.

A diminuição dos investimentos e o aumento das despesas de custeio significam piora na qualidade dos gastos públicos. O secretário do Tesouro, no entanto, disse que a evolução dos gastos com custeio é estratégica e não está relacionada aos gastos administrativos. “O crescimento do custeio concentra-se em áreas com impacto econômico positivo, no médio e longo prazos, como a educação e a saúde”, argumentou Augustin.

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