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Investimento é insuficiente para manter crescimento, diz Armínio Fraga

Ex-presidente do Banco Central acredita que atual taxa de investimento do país garante apenas a manutenção de um ritmo de crescimento de 4%

Armínio Fraga: taxa de investimento baixa é uma "surpresa negativa" (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 14h33.

Rio de Janeiro - O ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga disse hoje (17) que a taxa de investimento do Brasil, de 18,4%, é insuficiente para alcançar um crescimento econômico de 5%. O economista, que integra o Conselho de Administração da BM&F Bovespa, participou hoje do Fórum Nacional, no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“O Brasil investiu no ano passado aproximadamente 18,4% do PIB [Produto Interno Bruto]. Essa não é uma taxa de investimento para que nós cheguemos à taxa de crescimento que nós gostaríamos, de 5% ou 6%. Possivelmente, é uma taxa de investimento insuficiente até para preservar os 4% que nós temos tido. Essa talvez tenha sido a maior surpresa negativa no campo econômico nos últimos anos. Essa deficiência de investimento se manifesta hoje com muita clareza, no campo da infraestrura”, disse Fraga.

Segundo o economista, o investimento do Estado brasileiro é muito pequeno. Por isso, o país deveria criar condições para ampliar os investimentos privados. “Já que o Estado não está investindo, seria bom que o setor privado estivesse investindo mais. Esse processo, especialmente na infraestrutura, vem sendo prejudicado por incertezas e fragilidades no nosso ambiente regulatório.”

Fraga também disse que é preciso investir mais em educação no Brasil, em especial, no ensino básico, e focar na eficiência do governo, com atenção para a gestão, a mensuração de resultados e na meritocracia dentro do serviço público.

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“O Brasil investiu no ano passado aproximadamente 18,4% do PIB [Produto Interno Bruto]. Essa não é uma taxa de investimento para que nós cheguemos à taxa de crescimento que nós gostaríamos, de 5% ou 6%. Possivelmente, é uma taxa de investimento insuficiente até para preservar os 4% que nós temos tido. Essa talvez tenha sido a maior surpresa negativa no campo econômico nos últimos anos. Essa deficiência de investimento se manifesta hoje com muita clareza, no campo da infraestrura”, disse Fraga.

Segundo o economista, o investimento do Estado brasileiro é muito pequeno. Por isso, o país deveria criar condições para ampliar os investimentos privados. “Já que o Estado não está investindo, seria bom que o setor privado estivesse investindo mais. Esse processo, especialmente na infraestrutura, vem sendo prejudicado por incertezas e fragilidades no nosso ambiente regulatório.”

Fraga também disse que é preciso investir mais em educação no Brasil, em especial, no ensino básico, e focar na eficiência do governo, com atenção para a gestão, a mensuração de resultados e na meritocracia dentro do serviço público.

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