Economia

Intenção de consumo das famílias atinge menor nível, diz CNC

O índice caiu 1,6% em junho ante maio, para 120,4 pontos


	Consumidora: na comparação com 2013, o recuo foi de 7,4%
 (Simon Dawson/Bloomberg)

Consumidora: na comparação com 2013, o recuo foi de 7,4% (Simon Dawson/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 11h10.

Rio - A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou queda de 1,6% em junho ante maio, para 120,4 pontos, informou nesta segunda-feira, 16, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Na comparação com junho de 2013, o recuo foi de 7,4%. Pela segunda vez consecutiva, o índice atingiu o menor nível da série histórica.

"A inflação em alta e a elevação dos juros causam maior aperto no orçamento doméstico e enfraquecem as perspectivas de consumo", avalia a CNC, em nota.

"O cenário de cautela causado pelas inseguranças até o final do ano e o elevado nível de endividamento combinado com a taxa básica de juros elevada vêm desaquecendo o consumo. Na base de comparação anual, o último resultado positivo foi em dezembro de 2012", acrescentou.

Na passagem do mês, pioraram as percepções das famílias sobre o emprego atual, a perspectiva profissional, a renda atual, a perspectiva de consumo e o momento para compra de bens duráveis.

Por outro lado, melhorou a visão dos consumidores em relação a compras a prazo e o nível de demanda atual.

Por faixa de renda, o nível de confiança das famílias que ganham até dez salários mínimos mostrou queda de 1,6% na comparação de junho contra maio. As famílias com renda acima de dez salários mínimos também apresentaram retração, de 1% nesta base de comparação.

Por regiões, a retração do índice nacional entre maio e junho foi puxada principalmente pelas capitais do Centro-Oeste (-3,9%), Sul (-3,5%) e Nordeste (-2%).

A CNC prevê crescimento de 4,7% nas vendas do varejo restrito (que não inclui veículos e material de construção) neste ano, taxa revisada para baixo após os resultados do comércio no mês de abril. Antes, a projeção apontava avanço de 4,9%.

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