Inflação sobe a 0,54% em setembro e atinge 9,49% em 12 meses
Inflação de setembro veio duas vezes mais alta do que a de agosto, e acumulado de 2015 é o maior para período desde 2003
João Pedro Caleiro
Publicado em 7 de outubro de 2015 às 09h35.
São Paulo - A inflação no Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,54% em setembro, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com isso, o acumulado nos últimos 12 meses chegou a 9,49%. A meta do governo é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
O acumulado entre janeiro e setembro é de 7,64%, acima do registrado em 2014 (4,61%) e o maior para o período desde 2003 (8,05%).
A taxa de setembro é mais que o dobro da de agosto (0,22%) e próxima de setembro do ano passado (0,57%). Dos 9 grupos pesquisados, 4 tiveram alta e 5 tiveram queda em relação ao mês anterior.
Grupos
O botijão de gás tem peso de 1,07% no IPCA e representou individualmente a maior contribuição para a alta de setembro.
Sozinho, o reajuste de 12,98% (menor do que os 15% autorizados) teve impacto de 0,14 ponto percentual e respondeu por cerca de um quarto da inflação no mês.
Habitação foi de 0,29% em agosto para 1,30% em setembro, maior resultado entre os grupos, também com pressão dos itens água e esgoto (1,48%), aluguel residencial (0,59%), condomínio (0,45%) e energia elétrica (0,28%).
Dois grupos importantes foram de quedas em agosto para altas em setembro. Alimentação e Bebidas, o de maior peso, foi de -0,27% para 0,71% com impacto de refeição fora de domicílio (0,77%) e itens como batata inglesa (7,26%) e sorvete (2,62%).
Os Transportes passaram de -0,27% em agosto para 0,71% em setembro devido a uma alta de 23,13% nas passagens aéreas e itens como seguro voluntário (alta de 2,04%).
No Vestuário, chama a atenção a alta dos calçados de 0,78%. Na Saúde e Cuidados Pessoais, o plano de saúde subiu 1,06% no mês.
O maior índice regional foi o de Brasília (1,25%), com impacto de uma alta de 11,70% nas contas de energia elétrica. O menor foi em Campo Grande (-0,28%), onde o mesmo item teve queda de 6,80 após redução de PIS/COFINS.
Grupo | Variação (%) Agosto | Variação (%) Setembro |
---|---|---|
Índice Geral | 0,22% | 0,54% |
Alimentação e Bebidas | -0,01% | 0,24% |
Habitação | 0,29% | 1,30% |
Artigos de Residência | 0,37% | 0,19% |
Vestuário | 0,20% | 0,50% |
Transportes | -0,27% | 0,71% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,62% | 0,55% |
Despesas pessoais | 0,75% | 0,33% |
Educação | 0,82% | 0,25% |
Comunicação | 0,14% | 0,01% |
.
Grupo | Impacto Agosto (p.p.) | Impacto Setembro (p.p.) |
---|---|---|
Índice Geral | 0,22 | 0,54 |
Alimentação e Bebidas | 0 | 0,06 |
Habitação | 0,04 | 0,2 |
Artigos de Residência | 0,02 | 0,01 |
Vestuário | 0,01 | 0,03 |
Transportes | -0,05 | 0,13 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,07 | 0,06 |
Despesas pessoais | 0,08 | 0,04 |
Educação | 0,04 | 0,01 |
Comunicação | 0,01 | 0 |
São Paulo - A inflação no Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,54% em setembro, informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com isso, o acumulado nos últimos 12 meses chegou a 9,49%. A meta do governo é de 4,5%, com tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
O acumulado entre janeiro e setembro é de 7,64%, acima do registrado em 2014 (4,61%) e o maior para o período desde 2003 (8,05%).
A taxa de setembro é mais que o dobro da de agosto (0,22%) e próxima de setembro do ano passado (0,57%). Dos 9 grupos pesquisados, 4 tiveram alta e 5 tiveram queda em relação ao mês anterior.
Grupos
O botijão de gás tem peso de 1,07% no IPCA e representou individualmente a maior contribuição para a alta de setembro.
Sozinho, o reajuste de 12,98% (menor do que os 15% autorizados) teve impacto de 0,14 ponto percentual e respondeu por cerca de um quarto da inflação no mês.
Habitação foi de 0,29% em agosto para 1,30% em setembro, maior resultado entre os grupos, também com pressão dos itens água e esgoto (1,48%), aluguel residencial (0,59%), condomínio (0,45%) e energia elétrica (0,28%).
Dois grupos importantes foram de quedas em agosto para altas em setembro. Alimentação e Bebidas, o de maior peso, foi de -0,27% para 0,71% com impacto de refeição fora de domicílio (0,77%) e itens como batata inglesa (7,26%) e sorvete (2,62%).
Os Transportes passaram de -0,27% em agosto para 0,71% em setembro devido a uma alta de 23,13% nas passagens aéreas e itens como seguro voluntário (alta de 2,04%).
No Vestuário, chama a atenção a alta dos calçados de 0,78%. Na Saúde e Cuidados Pessoais, o plano de saúde subiu 1,06% no mês.
O maior índice regional foi o de Brasília (1,25%), com impacto de uma alta de 11,70% nas contas de energia elétrica. O menor foi em Campo Grande (-0,28%), onde o mesmo item teve queda de 6,80 após redução de PIS/COFINS.
Grupo | Variação (%) Agosto | Variação (%) Setembro |
---|---|---|
Índice Geral | 0,22% | 0,54% |
Alimentação e Bebidas | -0,01% | 0,24% |
Habitação | 0,29% | 1,30% |
Artigos de Residência | 0,37% | 0,19% |
Vestuário | 0,20% | 0,50% |
Transportes | -0,27% | 0,71% |
Saúde e cuidados pessoais | 0,62% | 0,55% |
Despesas pessoais | 0,75% | 0,33% |
Educação | 0,82% | 0,25% |
Comunicação | 0,14% | 0,01% |
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Grupo | Impacto Agosto (p.p.) | Impacto Setembro (p.p.) |
---|---|---|
Índice Geral | 0,22 | 0,54 |
Alimentação e Bebidas | 0 | 0,06 |
Habitação | 0,04 | 0,2 |
Artigos de Residência | 0,02 | 0,01 |
Vestuário | 0,01 | 0,03 |
Transportes | -0,05 | 0,13 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,07 | 0,06 |
Despesas pessoais | 0,08 | 0,04 |
Educação | 0,04 | 0,01 |
Comunicação | 0,01 | 0 |