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Inflação tem alta de 0,92% em março e 6,15% em 12 meses

Inflação voltou a acelerar e registrou a maior alta para março desde 2003, mas não estourou o teto da meta

Supermercado em Recife (Lia Lubambo/EXAME.com)

João Pedro Caleiro

Publicado em 9 de abril de 2014 às 10h34.

São Paulo - O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 0,92% em março, levando o acumulado de 12 meses para 6,15%, divulgou o IBGE nesta manhã.

O número continua acima do centro da meta do governo, de 4,5%, mas não estourou o teto, de 6,5%.

É a mesma taxa de dezembro do ano passado ( veja no infográfico ) e a maior para o mês de março desde 2003.

A inflação acumulada do trimestre ficou em 2,18%, acima do 1,94% no mesmo período de 2013.

Em relação a fevereiro, quatro dos nove grupos tiveram aceleração da alta de preços.

Alimentação e Transportes

Só o grupo de Alimentação e Bebidas (+1,92%) foi responsável por metade do índice do mês. Somado com Transportes (+1,38%), eles explicam 79% da inflação de março.

A seca em alguns estados prejudicou a oferta de produtos como o tomate, que ficou 32% mais caro.

O setor dos Transportes sofreu o impacto das passagens aéreas, que subiram 26,49% depois de terem caído 20,55% no mês anterior.

GrupoVariação (%) fevereiroVariação (%) março
Índice geral0,69%0,92%
Alimentação e bebidas0,56%1,92%
Habitação0,77%0,33%
Artigos de residência1,07%0,38%
Vestuário-0,40%0,31%
Transportes-0,05%1,38%
Saúde e cuidados pessoais0,74%0,43%
Despesas pessoais0,69%0,79%
Educação5,97%0,53%
Comunicação0,14%-1,26%
GrupoImpacto (p.p) fevereiroImpacto (p.p.) março
Índice geral0,690,92
Alimentação e bebidas0,140,47
Habitação0,110,05
Artigos de residência0,050,02
Vestuário-0,030,02
Transportes-0,010,26
Saúde e cuidados pessoais0,080,05
Despesas pessoais0,070,08
Educação0,270,03
Comunicação0,01-0,06

Habitação, artigos de residência, educação, comunicação e saúde e cuidados pessoais tiveram altas menores em relação ao mês anterior.

No caso da habitação, houve o efeito da diminuição da conta de energia elétrica causada pela redução de impostos em parte das regiões pesquisadas.

Na educação, o impacto da alta das mensalidades em fevereiro não se repetiu em março, como esperado.

Comunicação foi de inflação para deflação graças à conta de telefonia fixa, que ficou mais barata por causa da queda das tarifas de fixo para móvel.

Vestuário e Transportes fizeram o movimento contrário e passaram de deflação em fevereiro para inflação em março.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980. Ele se refere às famílias com rendimento entre 01 e 40 salários mínimos e abrange 10 regiões metropolitanas, além de Brasília, Goiânia e Campo Grande.

Para o índice de março, foram comparados os preços entre 27 de fevereiro e 28 de março com aqueles registrados entre 30 de janeiro e 26 de fevereiro.

INPC

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), referente às famílias que ganham entre 01 e 05 salários mínimos, teve alta de 0,82% em março, acima de 0,64% em fevereiro.

Em março do ano passado, ele havia sido de 0,60%. O índice dos últimos 12 meses foi para 5,62%, superando os 5,39% dos 12 meses anteriores.

Brasília teve a maior alta (1,28%) e Belém teve a menor (0,45%).

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São Paulo - O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 0,92% em março, levando o acumulado de 12 meses para 6,15%, divulgou o IBGE nesta manhã.

O número continua acima do centro da meta do governo, de 4,5%, mas não estourou o teto, de 6,5%.

É a mesma taxa de dezembro do ano passado ( veja no infográfico ) e a maior para o mês de março desde 2003.

A inflação acumulada do trimestre ficou em 2,18%, acima do 1,94% no mesmo período de 2013.

Em relação a fevereiro, quatro dos nove grupos tiveram aceleração da alta de preços.

Alimentação e Transportes

Só o grupo de Alimentação e Bebidas (+1,92%) foi responsável por metade do índice do mês. Somado com Transportes (+1,38%), eles explicam 79% da inflação de março.

A seca em alguns estados prejudicou a oferta de produtos como o tomate, que ficou 32% mais caro.

O setor dos Transportes sofreu o impacto das passagens aéreas, que subiram 26,49% depois de terem caído 20,55% no mês anterior.

GrupoVariação (%) fevereiroVariação (%) março
Índice geral0,69%0,92%
Alimentação e bebidas0,56%1,92%
Habitação0,77%0,33%
Artigos de residência1,07%0,38%
Vestuário-0,40%0,31%
Transportes-0,05%1,38%
Saúde e cuidados pessoais0,74%0,43%
Despesas pessoais0,69%0,79%
Educação5,97%0,53%
Comunicação0,14%-1,26%
GrupoImpacto (p.p) fevereiroImpacto (p.p.) março
Índice geral0,690,92
Alimentação e bebidas0,140,47
Habitação0,110,05
Artigos de residência0,050,02
Vestuário-0,030,02
Transportes-0,010,26
Saúde e cuidados pessoais0,080,05
Despesas pessoais0,070,08
Educação0,270,03
Comunicação0,01-0,06

Habitação, artigos de residência, educação, comunicação e saúde e cuidados pessoais tiveram altas menores em relação ao mês anterior.

No caso da habitação, houve o efeito da diminuição da conta de energia elétrica causada pela redução de impostos em parte das regiões pesquisadas.

Na educação, o impacto da alta das mensalidades em fevereiro não se repetiu em março, como esperado.

Comunicação foi de inflação para deflação graças à conta de telefonia fixa, que ficou mais barata por causa da queda das tarifas de fixo para móvel.

Vestuário e Transportes fizeram o movimento contrário e passaram de deflação em fevereiro para inflação em março.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980. Ele se refere às famílias com rendimento entre 01 e 40 salários mínimos e abrange 10 regiões metropolitanas, além de Brasília, Goiânia e Campo Grande.

Para o índice de março, foram comparados os preços entre 27 de fevereiro e 28 de março com aqueles registrados entre 30 de janeiro e 26 de fevereiro.

INPC

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), referente às famílias que ganham entre 01 e 05 salários mínimos, teve alta de 0,82% em março, acima de 0,64% em fevereiro.

Em março do ano passado, ele havia sido de 0,60%. O índice dos últimos 12 meses foi para 5,62%, superando os 5,39% dos 12 meses anteriores.

Brasília teve a maior alta (1,28%) e Belém teve a menor (0,45%).

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