Economia

Inflação na Venezuela supera 2.500.000% em 12 meses, diz Assembleia

Dados da Assembleia Nacional mostram que alimentos chegaram a subir cerca de 266% só em janeiro

Venezuela: País está em recessão há cinco anos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: País está em recessão há cinco anos (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 17h51.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 18h04.

Caracas- A inflação da Venezuela chegou a 2,688 milhões por cento nos 12 meses encerrados em janeiro, segundo os cálculos da Assembleia Nacional controlada pela oposição, que acompanha a evolução dos preços devido à ausência de dados do Banco Central.

A Venezuela está em recessão há cinco anos e não consegue controlar a velocidade com que os preços sobem, apesar de o governo de Nicolás Maduro, que iniciou um contestado segundo mandato em janeiro, afirmar que está adotando medidas para superar a crise.

O Parlamento relatou que em janeiro de 2019 os preços subiram cerca de 191,6 por cento, ou quase triplicaram, o que implica um aumento diário de cerca de 3,5 por cento. A Assembleia Nacional calculou que no mês passado o preço dos alimentos subiu cerca de 266 por cento.

"Este resultado da inflação de janeiro se deveu à depreciação do câmbio paralelo", disse o deputado Ángel Alvarado. As empresas buscam dólares fora do controle governamental para operar devido à escassez de divisas no sistema oficial, o que eleva a paridade e impulsiona a inflação.

Maduro atribui a crise à "guerra econômica" dos Estados Unidos e das empresas, mas críticos do governo e economistas dizem que as distorções se devem ao modelo de controles estatal.

Acompanhe tudo sobre:InflaçãoNicolás MaduroVenezuela

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto