Economia

Inflação na OCDE atinge nova mínima desde 2009

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico afirmou nesta terça-feira que a taxa anual de inflação de seus membros recuou para 0,4% em abril


	Sede da OCDE: temor dos dirigentes de BCs é que a inflação fraca possa ameaçar a recuperação econômica
 (Eric Piermont/AFP)

Sede da OCDE: temor dos dirigentes de BCs é que a inflação fraca possa ameaçar a recuperação econômica (Eric Piermont/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2015 às 11h22.

Paris - A taxa anual de inflação entre as economias desenvolvidas atingiu seu patamar mais baixo desde o fim de 2009, um indício de que a ameaça de deflação ainda está presente na economia global.

A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou nesta terça-feira que a taxa anual de inflação de seus 34 membros recuou para 0,4% em abril, de 0,6% em março, em seu patamar mais baixo desde outubro de 2009 e bem abaixo dos 2,0% considerados pela maioria dos dirigentes de bancos centrais de nações desenvolvidas como consistentes com um crescimento econômico saudável.

A OCDE, sediada em Paris, informou que a inflação no grupo dos países do G-20 também desacelerou, de 2,7% para 2,5% no ano.

Os sinais de que a inflação global pode ter recomeçado a rota de desaceleração registrada em 2014 irá alarmar os dirigentes de bancos centrais, muitos dos quais lançaram nos últimos meses novas medidas de estímulo para evitar um recuo nos preços ao consumidor.

Mas, com a economia do mundo ainda não estando em uma recuperação total, esse estímulo precisa ainda resultar em demanda mais forte do consumidor.

Entre os membros da OCDE, o núcleo da inflação, que exclui os setores de energia e alimentos - caiu de 1,7% para 1,6%. O temor dos dirigentes de BCs é que a inflação fraca possa ameaçar a recuperação econômica.

Na OCDE, 14 de seus membros tiveram declínio nos preços ao longo dos 12 meses até abril, abaixo dos 15 membros que registravam esse fenômeno nos 12 meses até março.

Quando a inflação está baixa, companhias, consumidores e até governos têm mais dificuldades para reduzir seu endividamento, um problema particularmente grave para os países mais endividados da zona do euro.

Além disso, podem ser adiados novos gastos e investimentos, prejudicando a atividade econômica.

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