Exame Logo

Inflação medida pelo IPCA volta a subir

Após registrar deflação em junho, indicador subiu 0,19% no mês passado

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h07.

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) voltou a subir. Em junho, o indicador havia registrado deflação de 0,21%, passando a apresentar alta de 0,19% no mês passado.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a elevaçãoem julhofoi provocada pelo reajuste nos preços dos alimentos (0,09%), transportes ( 0,37%) e salários de empregados domésticos (1,18%). Os alimentos, que haviam apresentado queda de 0,61% em junho, tiveram seus valores pressionados pelas frutas (que subiram 8,14%) e pelo arroz (que teve alta de 4,33%).

Veja também

Já nos transportes, a pressão foi exercida pelo reajuste nas passagens de ônibus interestaduais (6,64%) e intermunicipais (3,14%). O aumento de 1,04% no álcool combustível também contribuiu para a alta do indicador,impactandoainda o preço da gasolina, que subiu 0,81%.

Em compensação, as contas de energia elétrica e de telefone fixo caíram 0,73% e 0,27%, respectivamente, devido à redução das tarifas.

Esses resultados já eram esperados pelo mercado. Para a analista da consultoria Tendências, Marcela Prado, apesar da alta de julho, não deve haver piora no quadro de inflação, já que em junho o patamar foi bastante baixo.

No ano, o IPCA acumula alta de 1,73%, inferior ao verificado no mesmo período de 2005, quando o indicador registrava 3,42%. Nos últimos 12 meses, a alta é de 3,97%, também abaixo do resultado de 2005, que era de 4,03%.

Esta é a primeira divulgação do IPCA com a nova metodologia de análise adotada pelo IBGE, que inclui os resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003. Alguns itens, como gás veicular e acesso à internet, que não faziam parte do indicador, passaram a ser pesquisados. Outros, como microcomputadores e serviços de telefonia, ganharam mais importância no cálculo do índice, enquanto itens como álcool combustível, aluguel residencial e energia elétrica perderam peso na análise.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame