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Indústria segue com produção fraca e ociosidade alta, diz CNI

Em fevereiro, o índice de evolução da produção no setor atingiu 44,4 pontos, com alta de apenas 0,2 ponto em relação a janeiro

Indústria: números abaixo de 50 indicam retração na produção, e quanto mais baixo, mais intensa e disseminada é a queda (iStock/Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2017 às 12h34.

Brasília - Apesar de uma leve melhora na virada de dezembro para janeiro, a indústria brasileira ainda segue com dificuldades.

A pesquisa Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta terça-feira, 21, mostra que, em fevereiro, o índice de evolução da produção no setor atingiu 44,4 pontos, com alta de apenas 0,2 ponto em relação a janeiro, quando havia ficado em 44,2 pontos, ante 40,7 pontos em dezembro.

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Pela metodologia da pesquisa, números abaixo de 50 indicam retração na produção, e quanto mais baixo, mais intensa e disseminada é a queda.

Além disso, a utilização da capacidade instalada em fevereiro se manteve em 63%, índice que vem sendo registrado desde dezembro e indica que o nível de ociosidade das indústrias continua elevado.

A Sondagem mostra ainda que o índice de evolução do emprego na indústria também segue em queda, embora menos intensa do que a registrada em 2016. O indicador do número de empregados ficou em 45,9 pontos no mês passado frente a 42,8 pontos em fevereiro de 2016.

Pelos dados da CNI, mesmo com um desempenho fraco, os industriais estão otimistas quanto à melhora do cenário econômico. Os empresários estão confiantes diante da demanda, exportações e compra de matérias-primas. Esses índices estão acima da linha divisória dos 50 pontos da pesquisa.

Os industriais se mantêm pessimistas apenas em relação ao emprego, cujo indicador ficou abaixo dos 50 pontos, em 48 pontos. O índice de expectativas sobre a demanda registrou 54,7 pontos, o da quantidade exportada ficou em 52,5 pontos e o da compra de matérias-primas foi de 52,2 pontos.

Para o economista da CNI Marcelo Azevedo, fatores como a inflação sob controle e as quedas mais acentuadas na taxa básica de juros explicam a melhora no otimismo do empresariado.

"Além disso, há no Congresso Nacional uma agenda de reformas, como a Tributária, a Trabalhista e a Previdência, que também reanima os industriais, ainda que seus efeitos sejam de longo prazo", disse Azevedo.

A Sondagem Industrial de fevereiro foi realizada no período de 2 a 14 de março com 2.437 empresas em todo o País. Dessas, 984 são pequenas, 885 são médias e 568 são de grande porte.

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