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Indústria paulista sobe, mas perspectiva é fraca

O Indicador de Nível de Atividade subiu 0,3% em julho sobre junho, segundo dados com ajuste sazonal

O INA é divulgado pela Fiesp (Bia Parreiras/Viagem e Turismo)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 14h31.

São Paulo - A atividade industrial paulista cresceu levemente em julho, assim como o uso da capacidade instalada do setor, mas as perspectivas para os próximos meses enfraqueceram.

Essa é a avaliação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para quem a crise que se instalou recentemente nos mercados internacionais deve ter reflexos no Brasil e diminuir a atividade e o emprego na indústria até o final do ano.

"O Sensor está dizendo que vem tempo ruim à frente", disse o diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini. "O sinal amarelho de alerta foi ligado."

O Sensor é uma pesquisa da Fiesp que visa medir o grau de confiança do empresário industrial, antecipando tendências. A leitura de agosto caiu a 47,3 pontos, a menor desde dezembro de 2010, quando marcou 47,0 pontos.

"O período do final do ano é em geral de redução na atividade, mas julho, não, agosto, não. Agosto é um mês que normalmente há uma aceleração da indústria", afirmou, reforçando as perspectivas mais fracas à frente.

Para Francini, a instabilidade pelo qual passam os mercados neste momento --em meio a preocupação com a retomada econômica nos Estados Unidos e Europa-- deve impactar negativamente a indústria paulista nos próximos meses, o que levou a Fiesp a reduzir para 2,5 por cento a estimativa de alta do INA em 2011, contra previsão anterior entre 3,0 e 3,5 por cento.

"A indústria deve perder fôlego, e o emprego vai sentir isso. Não me surpreenderia se (o emprego) entrasse em território negativo", disse.

INA

O Indicador de Nível de Atividade (INA) subiu 0,3 por cento em julho sobre junho, segundo dados com ajuste sazonal divulgados pela (Fiesp) nesta terça-feira. Sem ajuste, houve alta de 0,6 por cento.

"(O INA) está bastante 'flat', plano", afirmou Francini. "O que ganha num mês, perde no outro, daí fica tudo estável".


Em relação a julho de 2010, o índice apresentou variação positiva de 0,1 por cento. No acumulado do ano, o INA tem alta de 2,5 por cento.

Com divulgação mensal, o INA é a síntese dos indicadores do Levantamento de Conjuntura --pesquisa realizada pela Fiesp junto a empresas industriais do Estado de São Paulo que visa quantificar as mudanças da atividade industrial no Estado.

O indicador é composto pelos resultados apurados em seis variáveis: vendas, salários, emprego, nível de utilização da capacidade instalada, horas trabalhadas e horas pagas.

Setores

Entre os setores, destaque positivo para Artigos de borracha e plástico, com alta de 1,6 por cento em julho sobre junho, com ajuste; e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com avanço de 0,6 por cento.

O nível de utilização da capacidade instalada na indústria ficou em 82,7 por cento no mês passado com ajuste sazonal, ante 82,2 por cento em junho e também 82,2 por cento em julho de 2010.

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São Paulo - A atividade industrial paulista cresceu levemente em julho, assim como o uso da capacidade instalada do setor, mas as perspectivas para os próximos meses enfraqueceram.

Essa é a avaliação da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), para quem a crise que se instalou recentemente nos mercados internacionais deve ter reflexos no Brasil e diminuir a atividade e o emprego na indústria até o final do ano.

"O Sensor está dizendo que vem tempo ruim à frente", disse o diretor titular do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini. "O sinal amarelho de alerta foi ligado."

O Sensor é uma pesquisa da Fiesp que visa medir o grau de confiança do empresário industrial, antecipando tendências. A leitura de agosto caiu a 47,3 pontos, a menor desde dezembro de 2010, quando marcou 47,0 pontos.

"O período do final do ano é em geral de redução na atividade, mas julho, não, agosto, não. Agosto é um mês que normalmente há uma aceleração da indústria", afirmou, reforçando as perspectivas mais fracas à frente.

Para Francini, a instabilidade pelo qual passam os mercados neste momento --em meio a preocupação com a retomada econômica nos Estados Unidos e Europa-- deve impactar negativamente a indústria paulista nos próximos meses, o que levou a Fiesp a reduzir para 2,5 por cento a estimativa de alta do INA em 2011, contra previsão anterior entre 3,0 e 3,5 por cento.

"A indústria deve perder fôlego, e o emprego vai sentir isso. Não me surpreenderia se (o emprego) entrasse em território negativo", disse.

INA

O Indicador de Nível de Atividade (INA) subiu 0,3 por cento em julho sobre junho, segundo dados com ajuste sazonal divulgados pela (Fiesp) nesta terça-feira. Sem ajuste, houve alta de 0,6 por cento.

"(O INA) está bastante 'flat', plano", afirmou Francini. "O que ganha num mês, perde no outro, daí fica tudo estável".


Em relação a julho de 2010, o índice apresentou variação positiva de 0,1 por cento. No acumulado do ano, o INA tem alta de 2,5 por cento.

Com divulgação mensal, o INA é a síntese dos indicadores do Levantamento de Conjuntura --pesquisa realizada pela Fiesp junto a empresas industriais do Estado de São Paulo que visa quantificar as mudanças da atividade industrial no Estado.

O indicador é composto pelos resultados apurados em seis variáveis: vendas, salários, emprego, nível de utilização da capacidade instalada, horas trabalhadas e horas pagas.

Setores

Entre os setores, destaque positivo para Artigos de borracha e plástico, com alta de 1,6 por cento em julho sobre junho, com ajuste; e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com avanço de 0,6 por cento.

O nível de utilização da capacidade instalada na indústria ficou em 82,7 por cento no mês passado com ajuste sazonal, ante 82,2 por cento em junho e também 82,2 por cento em julho de 2010.

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