Mulheres trabalham em uma fábrica de computadores na Zona Franca de Manaus (Evaristo Sa/AFP)
João Pedro Caleiro
Publicado em 15 de setembro de 2017 às 06h00.
Última atualização em 15 de setembro de 2017 às 06h00.
São Paulo - Após dois anos de quedas na casa dois dígitos, a indústria de eletrônicos no Brasil deve crescer 2% em 2017, de acordo com números da consultoria internacional Euromonitor.
A alta seria suficiente para fazer o Brasil subir da 6ª para a 5ª posição entre os maiores mercados mundiais. O país chegou a ser 4º lugar entre 2013 e 2015.
Veja as mudanças no top 5 nos últimos anos:
2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | EUA | China | China | China | China | China |
2 | China | EUA | EUA | EUA | EUA | EUA |
3 | Índia | Índia | Índia | Índia | Índia | Índia |
4 | Japão | Brasil | Brasil | Brasil | Japão | Japão |
5 | Brasil | Japão | Japão | Japão | Alemanha | Brasil |
A consultoria classifica a retomada de 2% como um marco importante, ainda que "inexpressivo" diante das quedas anteriores, e espera uma melhora não muito vigorosa.
A previsão até 2022 é de um crescimento anual médio de 3,4% em valor de vendas já que "os consumidores parecem ter adotado um novo padrão de consumo, mais baixo do que visto em 2013", diz o texto assinado pelo pesquisador Elton Morimitsu.
Isso não significa que os produtos mais baratos estejam sendo favorecidos, como aconteceu em outros segmentos.
"Os brasileiros optaram por investir em produtos mais caros, uma vez que estes possuem mais atributos capazes de atender às suas novas exigências. Eles entendem que esses produtos, embora exijam um desembolso imediato maior, durarão por mais tempo", diz o blog.
Outra mudança importante foi o aumento cada vez maior das vendas online, na linha do que está acontecendo com o varejo no mundo inteiro.
Em 2017, as vendas online representarão 20% do total do comércio de eletrônicos no Brasil, um crescimento de 7% em cinco anos, movimentando 17 bilhões.
Além de facilidade e conveniência, o comércio online também oferece preços menores, diz a consultoria.
E os eletrônicos tem a vantagem de não precisam ser experimentados, algo que acontece por exemplo no ramo do vestuário.
Empregos
Isso, segundo a Abinee, demonstra recuperação do setor após quedas em maio (-373 vagas) e em junho (-888).
A indústria elétrica e eletrônica emprega, atualmente, cerca de 234,8 mil pessoas de forma direta.