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Indústria de transformação normalizou estoques, diz FGV

Apenas três setores mostram um quadro em que mais de 10% das companhias se avaliam como superestocadas: têxtil, material plástico e mecânica

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 15h44.

São Paulo - Sondagem de setembro da Fundação Getúlio Vargas ( FGV ) mostra que a indústria de transformação brasileira já conseguiu, no geral, normalizar o seu nível de estoque de produtos. Apenas três setores mostram um quadro em que mais de 10% das companhias se avaliam como superestocadas: têxtil (11,8% se encontram nesta situação), material plástico (11,9%) e mecânica (14,0%).

Entre todas as empresas consultadas pela FGV na Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação de setembro, o porcentual de companhias que avaliam seus estoques como excessivos caiu pelo terceiro mês seguido. De agosto para setembro, essa parcela recuou de 6,4% para 6,1%. Em junho, 9,3% das empresas consultadas se diziam superestocadas. "A indústria normalizou os estoques", afirmou o superintendente-adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, Aloisio Campelo.

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No recorte da indústria por categorias de uso, as empresas de bens de capital são as únicas em que mais de 10% das companhias pesquisadas se colocam como em situação de estoques excessivos. Segundo Campelo, 12,9% delas relatam em setembro estoques acima do ideal. "Situação diferente da indústria de duráveis, que está em um ritmo bem forte e até com estoques insuficientes", conta Campelo.

O economista do Ibre diz que a indústria de um modo geral conseguiu normalizar seu nível de estoque em um momento de crescimento da demanda interna. O índice que mede essa variável no Índice de Confiança da Indústria (ICI) passou de 104,6 pontos em julho para 107,3 no mês seguinte e para 107,4 pontos em setembro. O indicador da demanda interna, porém, segue abaixo da média dos últimos 60 meses, que é de 111 pontos. "As empresas ainda não perceberam uma demanda muito forte. Ela ainda está ganhando fôlego", explica Campelo.

A demanda externa segue em baixa por causa das dificuldades vistas na economia internacional. O indicador de demanda externa caiu de 93,8 pontos em julho para 89,4 pontos em agosto e para 89,1 pontos em setembro. Como resultado dos indicadores internos e externos, a demanda global subiu de 103,5 pontos em agosto para 104,6 pontos em setembro. Em julho, estava em 101,7 pontos.

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