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Indústria de medicamentos deve crescer menos em 2015

No fim de março, o governo federal autorizou reajuste entre 5% e 7,7% para os remédios com preços controlados

Medicamentos: no fim de março, o governo federal autorizou reajuste entre 5% e 7,7% para os remédios com preços controlados (Zhang Xun/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 08h01.

São Paulo - Considerado um mercado resiliente, o setor de medicamentos demorou para sentir os impactos da crise financeira do País.

Seus efeitos, contudo, já deverão ser notados neste ano, segundo Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).

Para este ano, Mussolini prevê um crescimento "magro", entre 7,5% e 8,5%, acompanhando a inflação.

O setor registrou expansão acima de dois dígitos nos últimos cinco anos, segundo ele. No ano passado, a receita do setor foi de R$ 65,8 bilhões, aumento de 13,3% sobre 2013.

No mesmo período, o faturamento das indústrias de genéricos foi de R$ 16,25 bilhões, crescimento de 18,5% sobre 2013.

Segundo Mussolini, o setor não tem conseguido repassar custos, que incluem os de mão de obra, por conta do dissídio da categoria, e não descarta que as indústrias possam demitir.

Reajuste

No fim de março, o governo federal autorizou reajuste entre 5% e 7,7% para os remédios com preços controlados. O reajuste vale para cerca de 20 mil itens, como antibióticos, por exemplo.

Produtos com alta concorrência, como os medicamentos genéricos, os fitoterápicos e homeopáticos não estão sujeitos aos valores determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Para esse grupo, o preço pode variar de acordo com a definição do fabricante.

Em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mussolini disse que desde 2008, o reajuste de preços não é suficiente para repor as perdas do setor.

"A situação era administrável. Mas com o aumento do dólar sobre o real, da energia e a redução do mercado, o panorama mudou."

Ele cita ainda a negociação salarial com a categoria, prevista para os próximos meses, como outro fator que pode aumentar a pressão sobre os custos, fazendo com que a indústria venha a demitir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Considerado um mercado resiliente, o setor de medicamentos demorou para sentir os impactos da crise financeira do País.

Seus efeitos, contudo, já deverão ser notados neste ano, segundo Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).

Para este ano, Mussolini prevê um crescimento "magro", entre 7,5% e 8,5%, acompanhando a inflação.

O setor registrou expansão acima de dois dígitos nos últimos cinco anos, segundo ele. No ano passado, a receita do setor foi de R$ 65,8 bilhões, aumento de 13,3% sobre 2013.

No mesmo período, o faturamento das indústrias de genéricos foi de R$ 16,25 bilhões, crescimento de 18,5% sobre 2013.

Segundo Mussolini, o setor não tem conseguido repassar custos, que incluem os de mão de obra, por conta do dissídio da categoria, e não descarta que as indústrias possam demitir.

Reajuste

No fim de março, o governo federal autorizou reajuste entre 5% e 7,7% para os remédios com preços controlados. O reajuste vale para cerca de 20 mil itens, como antibióticos, por exemplo.

Produtos com alta concorrência, como os medicamentos genéricos, os fitoterápicos e homeopáticos não estão sujeitos aos valores determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Para esse grupo, o preço pode variar de acordo com a definição do fabricante.

Em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Mussolini disse que desde 2008, o reajuste de preços não é suficiente para repor as perdas do setor.

"A situação era administrável. Mas com o aumento do dólar sobre o real, da energia e a redução do mercado, o panorama mudou."

Ele cita ainda a negociação salarial com a categoria, prevista para os próximos meses, como outro fator que pode aumentar a pressão sobre os custos, fazendo com que a indústria venha a demitir. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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