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Indústria de açúcar do Brasil prepara reação a Índia

Associação finaliza estudo sobre prejuízos decorrentes de novos subsídios da Índia à produção de açúcar

Trabalhador corta cana-de-açúcar em Campos dos Goytacazes: Unica deverá pedir inicialmente que o governo brasileiro tome medidas necessárias para coibir subsídios (Sergio Moraes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 15h16.

São Paulo - A associação da indústria de açúcar do centro-sul do Brasil finaliza estudo sobre prejuízos decorrentes de novos subsídios da Índia à produção de açúcar , e não descarta acionar o governo para questionar esta política na Organização Mundial do Comércio (OMC), disse o diretor-executivo da entidade.

"A ideia é que assim que nós tivermos uma quantificação melhor do prejuízo que isso causará ao Brasil, nós levaremos isso a autoridades brasileiras para que avaliem a possibilidade inclusive de questionar isso formalmente na OMC", disse à Reuters o diretor-executivo da Unica, Eduardo Souza Leão.

De qualquer forma, a Unica deverá pedir inicialmente que o governo brasileiro tome medidas necessárias para coibir este tipo de mecanismo que distorce o mercado mundial de açúcar.

"Nós já tivemos conversas com o Itamaraty e com o Ministério da Agricultura... Obviamente, precisa de mais alguns dias para quantificar o dano que isso (subsídio) pode causar à indústria nacional, mas temos convicção que esta política é altamente danosa para a indústria", disse.

O Brasil é o maior exportador global de açúcar, respondendo por 50 por cento do comércio internacional da commodity.

Os subsídios indianos foram concedidos no momento em que os preços do açúcar estão próximos dos menores valores em três anos e meio.

Tal ajuda aos produtores indianos tem potencial de pressionar ainda mais os preços, no caso de a Índia (maior consumidor global e segundo produtor do mundo) elevar suas exportações.


Comenta-se que, com o subsídio indiano, mais 2 milhões de toneladas de açúcar poderão ser adicionadas ao mercado internacional neste ano, e mais 2 milhões de toneladas em 2015, citou Leão.

Atualmente, com os amplos estoques no mundo, as cotações do açúcar em Nova York (ICE Futures) operam entre 15 e 16 centavos de dólar por libra-peso.

Valor Supera Esperado

Inicialmente, a expectativa era de que Índia concedesse subsídios à produção de açúcar bruto em torno de 30 dólares por tonelada, mas o valor acima de 50 dólares por tonelada surpreendeu a Unica.

Nesta semana, fontes do governo informaram que a Índia aprovou um subsídio de 53 dólares por tonelada para produção de açúcar bruto, que deve impulsionar as exportações do país, segundo maior produtor.

Leão explicou que, atualmente, o custo de produção da Índia está acima dos preços praticados no mercado internacional. Desta forma, o único jeito que o país tem para exportar seu excedente é através de subsídios.

"Isso prejudica a indústria de países que atuam de maneira competitiva, e prejudica também o produtor de cana", disse o executivo.

O executivo acrescentou que a política dos subsídios indianos é nociva não apenas ao Brasil, mas também os outros exportadores que operam de forma competitiva e também poderão "manifestar publicamente seu descontentamento".

A expectativa da Unica é que o estudo sobre os prejuízos seja concluído até meados da próxima semana, para depois voltar a reunir-se com representantes do governo.

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São Paulo - A associação da indústria de açúcar do centro-sul do Brasil finaliza estudo sobre prejuízos decorrentes de novos subsídios da Índia à produção de açúcar , e não descarta acionar o governo para questionar esta política na Organização Mundial do Comércio (OMC), disse o diretor-executivo da entidade.

"A ideia é que assim que nós tivermos uma quantificação melhor do prejuízo que isso causará ao Brasil, nós levaremos isso a autoridades brasileiras para que avaliem a possibilidade inclusive de questionar isso formalmente na OMC", disse à Reuters o diretor-executivo da Unica, Eduardo Souza Leão.

De qualquer forma, a Unica deverá pedir inicialmente que o governo brasileiro tome medidas necessárias para coibir este tipo de mecanismo que distorce o mercado mundial de açúcar.

"Nós já tivemos conversas com o Itamaraty e com o Ministério da Agricultura... Obviamente, precisa de mais alguns dias para quantificar o dano que isso (subsídio) pode causar à indústria nacional, mas temos convicção que esta política é altamente danosa para a indústria", disse.

O Brasil é o maior exportador global de açúcar, respondendo por 50 por cento do comércio internacional da commodity.

Os subsídios indianos foram concedidos no momento em que os preços do açúcar estão próximos dos menores valores em três anos e meio.

Tal ajuda aos produtores indianos tem potencial de pressionar ainda mais os preços, no caso de a Índia (maior consumidor global e segundo produtor do mundo) elevar suas exportações.


Comenta-se que, com o subsídio indiano, mais 2 milhões de toneladas de açúcar poderão ser adicionadas ao mercado internacional neste ano, e mais 2 milhões de toneladas em 2015, citou Leão.

Atualmente, com os amplos estoques no mundo, as cotações do açúcar em Nova York (ICE Futures) operam entre 15 e 16 centavos de dólar por libra-peso.

Valor Supera Esperado

Inicialmente, a expectativa era de que Índia concedesse subsídios à produção de açúcar bruto em torno de 30 dólares por tonelada, mas o valor acima de 50 dólares por tonelada surpreendeu a Unica.

Nesta semana, fontes do governo informaram que a Índia aprovou um subsídio de 53 dólares por tonelada para produção de açúcar bruto, que deve impulsionar as exportações do país, segundo maior produtor.

Leão explicou que, atualmente, o custo de produção da Índia está acima dos preços praticados no mercado internacional. Desta forma, o único jeito que o país tem para exportar seu excedente é através de subsídios.

"Isso prejudica a indústria de países que atuam de maneira competitiva, e prejudica também o produtor de cana", disse o executivo.

O executivo acrescentou que a política dos subsídios indianos é nociva não apenas ao Brasil, mas também os outros exportadores que operam de forma competitiva e também poderão "manifestar publicamente seu descontentamento".

A expectativa da Unica é que o estudo sobre os prejuízos seja concluído até meados da próxima semana, para depois voltar a reunir-se com representantes do governo.

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