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Indústria da construção cresceu 4,5% em 2011, diz IBGE

Estudo produzido pelo IBGE revela que as incorporações, obras e serviços realizadas pelas empresas do setor totalizaram R$ 286,6 bilhões no ano

O bom desempenho da indústria de construção teve reflexos positivos na quantidade de pessoas empregadas pelo setor e na massa salarial associada (REUTERS/Gary Cameron)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 11h15.

Rio de Janeiro - A crise da zona do euro não foi capaz de interromper o ritmo da atividade da construção civil no Brasil em 2011, mostra a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta sexta-feira, 28.

O estudo produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que as incorporações, obras e serviços realizadas pelas empresas do setor totalizaram R$ 286,6 bilhões, o que representa um crescimento de 4,5% em termos reais em relação a 2010. No mesmo período de comparação, a receita operacional líquida do segmento teve uma alta de 3,2%, para R$ 268,5 bilhões.

Segundo o IBGE, a desoneração do IPI em material de construção, o aumento dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura e a forte expansão do crédito imobiliário explicam esse desempenho.

Além disso, os investimentos oriundos de ações do governo federal, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida, também contribuíram para a alta. Juntos, esses fatores acabaram minimizando os efeitos da conjuntura econômica internacional mais adversa no ano de 2011.

O bom desempenho da indústria de construção teve reflexos positivos na quantidade de pessoas empregadas pelo setor e na massa salarial associada. O levantamento do IBGE mostra que o número de pessoas ocupadas pela indústria cresceu 7,7% de 2010 para 2011, adicionando 190 mil novos postos de trabalho.

Já o salário médio mensal era de R$ 1,437 mil. Descontada a inflação do período, o IBGE informou que houve um aumento real de 3,8% sobre a média de 2010, que foi de R$ 1,305 mil.


No universo de 92,7 mil empresas de construção analisadas pelo IBGE, 50% da receita bruta são provenientes das 1,516 mil companhias que empregam 250 ou mais pessoas. Em 2007, aponta o estudo, esse porcentual era de 47,9%.

Especificamente sobre a divisão de obras de infraestrutura, que compreendeu um conjunto de 9,2 mil empresas em 2011, o trabalho do IBGE sinaliza uma tendência de concentração da atividade.

As 12 maiores companhias dessa divisão concentravam mais de um quarto das obras (28,6% em 2011 ante 26% em 2007) e o valor das médio das obras executadas era de R$ 2,9 bilhões, enquanto o número das demais empresas era significativamente menor: R$ 5,2 milhões.

O trabalho produzido pelo IBGE mostra que o Sudeste continuou liderando a atividade da indústria de construção no País. Contudo, entre 2007 e 2011, a região Nordeste registrou os maiores crescimento em termos de participação de pessoal ocupado, com acréscimo de três pontos porcentuais, e de valor das incorporações, obras e serviços da construção, com aumento de dois pontos percentuais.

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Rio de Janeiro - A crise da zona do euro não foi capaz de interromper o ritmo da atividade da construção civil no Brasil em 2011, mostra a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada nesta sexta-feira, 28.

O estudo produzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que as incorporações, obras e serviços realizadas pelas empresas do setor totalizaram R$ 286,6 bilhões, o que representa um crescimento de 4,5% em termos reais em relação a 2010. No mesmo período de comparação, a receita operacional líquida do segmento teve uma alta de 3,2%, para R$ 268,5 bilhões.

Segundo o IBGE, a desoneração do IPI em material de construção, o aumento dos desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura e a forte expansão do crédito imobiliário explicam esse desempenho.

Além disso, os investimentos oriundos de ações do governo federal, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida, também contribuíram para a alta. Juntos, esses fatores acabaram minimizando os efeitos da conjuntura econômica internacional mais adversa no ano de 2011.

O bom desempenho da indústria de construção teve reflexos positivos na quantidade de pessoas empregadas pelo setor e na massa salarial associada. O levantamento do IBGE mostra que o número de pessoas ocupadas pela indústria cresceu 7,7% de 2010 para 2011, adicionando 190 mil novos postos de trabalho.

Já o salário médio mensal era de R$ 1,437 mil. Descontada a inflação do período, o IBGE informou que houve um aumento real de 3,8% sobre a média de 2010, que foi de R$ 1,305 mil.


No universo de 92,7 mil empresas de construção analisadas pelo IBGE, 50% da receita bruta são provenientes das 1,516 mil companhias que empregam 250 ou mais pessoas. Em 2007, aponta o estudo, esse porcentual era de 47,9%.

Especificamente sobre a divisão de obras de infraestrutura, que compreendeu um conjunto de 9,2 mil empresas em 2011, o trabalho do IBGE sinaliza uma tendência de concentração da atividade.

As 12 maiores companhias dessa divisão concentravam mais de um quarto das obras (28,6% em 2011 ante 26% em 2007) e o valor das médio das obras executadas era de R$ 2,9 bilhões, enquanto o número das demais empresas era significativamente menor: R$ 5,2 milhões.

O trabalho produzido pelo IBGE mostra que o Sudeste continuou liderando a atividade da indústria de construção no País. Contudo, entre 2007 e 2011, a região Nordeste registrou os maiores crescimento em termos de participação de pessoal ocupado, com acréscimo de três pontos porcentuais, e de valor das incorporações, obras e serviços da construção, com aumento de dois pontos percentuais.

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