Economia

Índice de Confiança do Consumidor sobe pelo segundo mês

Este é o maior índice de confiança do consumidor desde agosto passado, quando o indicador fechou o mês em 70 pontos


	Pessoas com sacolas: este é o maior índice de confiança do consumidor desde agosto passado, quando o indicador fechou o mês em 70 pontos
 (Getty Images)

Pessoas com sacolas: este é o maior índice de confiança do consumidor desde agosto passado, quando o indicador fechou o mês em 70 pontos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2016 às 09h37.

Depois de ter atingido o menor valor da série histórica em dezembro do ano passado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu pelo segundo mês consecutivo ao crescer 2,1 pontos em fevereiro, atingindo 68,5 pontos.

Este é o maior índice de confiança do consumidor desde agosto passado, quando o indicador fechou o mês em 70 pontos.

Os dados relativos à Sondagem do Consumidor foram divulgados hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e indicam que a alta do ICC nos dois primeiros meses do ano decorreu da evolução favorável dos dois indicadores que o compõem.

São eles o Índice da Situação Atual (ISA), que subiu 2 pontos, o que acontece pelo segundo mês consecutivo, após ter atingido o mínimo da série histórica em dezembro de 2015, com 64,9 pontos; e o Índice de Expectativas (IE), que avançou 1,8 ponto, atingindo 69,4 pontos, neste caso o maior nível desde agosto passado.

Pessimismo cai

Para a coordenadora da Sondagem do Consumidor,  economista Viviane Seda Bittencourt, o resultado decorre da menor insatisfação e do menor pessimismo do consumidor ao longo do mês.

“Em fevereiro, o consumidor brasileiro tornou-se menos insatisfeito com a situação atual das finanças familiares e menos pessimista em relação a sua evolução ao longo dos próximos meses”, disse.

Na avaliação da economista, “a notícia é favorável, mas o movimento foi ainda insuficiente para alterar a tendência de queda do indicador que mede as intenções de compra de bens duráveis no curto prazo, que atingiu o menor nível da série iniciada em setembro de 2005.

O indicador, que mede as intenções de compras com bens duráveis, chegou a recuar 6 pontos e atingiu o menor nível da série histórica, constata a pesquisa da FGV.

Média Móvel Trimestral

Na análise da tendência por médias móveis trimestrais (quando o indicador leva em consideração os três últimos meses comparativamente ao período equivalente imediatamente anterior) o indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação econômica atual, que no mês passado tinha alcançado o menor nível da série, subiu 2,2 pontos atingindo 73 pontos, maior nível desde setembro de 2015 (73,1).

Para a FGV, o quesito que mais contribuiu para o resultado favorável do Índice de Confiança do Consumidor está relacionado com as perspectivas das finanças familiares.

“O indicador que mede o grau de satisfação com a situação financeira das famílias nos meses seguintes subiu 5,9 pontos, de 70,2 para 76,1, o melhor resultado desde fevereiro de 2015 (77,6)”, constatou a sondagem.

Os dados divulgados hoje indicam, ainda, que, na análise por classes de renda, a confiança das famílias com renda mensal até R$ 2.100 subiu 6,1 pontos, após ficar estável em janeiro.

“Os consumidores com menor poder de compra, no entanto, são os mais otimistas em relação à economia, ao emprego e possibilidade de recuperação da situação financeira no futuro”, avalia a pesquisa.

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