Economia

Índice de Confiança do Consumidor cai 3,3%

Índice de Confiança do Consumidor recuou 3,3% de abril para maio, o menor nível desde abril de 2009


	Comércio: consumidores “continuam pouco satisfeitos com a situação atual", diz FGV
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Comércio: consumidores “continuam pouco satisfeitos com a situação atual", diz FGV (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2014 às 11h18.

Rio de Janeiro - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 3,3% de abril para maio, ao passar de 106,3 para 102,8 pontos, o menor nível desde abril de 2009 (99,7).

O indicador foi divulgado hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

Com o resultado, o índice manteve-se abaixo da média histórica, de 116,4 pontos, pelo 16º mês consecutivo.

Segundo a avaliação da FGV, os consumidores “continuam pouco satisfeitos com a situação atual e pessimistas em relação aos rumos da economia nos próximos meses”.

O Índice da Situação Atual (ISA), por exemplo, chegou a cair 3,9%, para 107,2 pontos, o menor desde maio de 2009 (103,0).

Já o Índice de Expectativas (IE) recuou pelo sexto mês seguido, caindo 2,9%, para 100,6 pontos – também o mais baixo desde março de 2009 (97,6).

A FGV também constatou recuo de 3,8% no indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação financeira pessoal, que com a queda passou de 109,3 para 105,1 pontos – o menor nível desde agosto de 2009 (104,9).

A proporção de consumidores que avaliam a situação como boa diminuiu de 22,5% para 19,2%, enquanto a dos que a julgam ruim aumentou de 13,2% para 14,1%.

Os economistas da FGV ressaltaram o fato de que a preocupação dos consumidores com o orçamento doméstico parece se estender para os próximos meses.

“O indicador que mede o grau de otimismo em relação à situação financeira familiar foi o quesito que mais influenciou a queda do ICC no mês”, informa a nota.

Ao cair 3,4%, para 124,7 pontos, o indicador atinge o menor nível desde fevereiro de 2010 (124).

A parcela de consumidores projetando melhora caiu de 35,6% para 32,0%; a dos que preveem piora subiu de 6,5% para 7,3%.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é feita com base numa amostra de aproximadamente 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras.

A coleta de dados para a edição de maio de 2014 foi feita entre os dias 2 e 20 de maio.

A próxima divulgação de resultados da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 26 de junho de 2014.

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