Comércio: homem conta dinheiro em negócio: queda menos intensa foi resultado da melhora nas expectativas dos empresários e da maior disposição para investir (Dado Galdieri / Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2013 às 19h26.
Rio - O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (Icec) recuou 2% em outubro em comparação ao mesmo mês de 2012. Apesar de ainda mostrar redução, o resultado é melhor do que os observados em agosto (-4,2%) e setembro (-2,6%), no mesmo tipo de comparação. A queda menos intensa foi resultado da melhora nas expectativas dos empresários e da maior disposição para investir.
Quando comparado a setembro deste ano, o índice avançou 2,9% no mês passado, para 125,5 pontos (sem descontar os efeitos sazonais). No ano, a retração acumulada é de 2,7%. O indicador foi divulgado ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
"A esperada melhora do nível de confiança do empresário do comércio na comparação mensal pode ser explicada pelo maior aquecimento sazonal do setor no segundo semestre. A perspectiva de recuperação das vendas a médio prazo poderá elevar o grau de confiança dos empresários do setor, caso o nível geral de atividade da economia acelere nos próximos meses", informou a CNC em nota.
Revertendo o recuo observado nos últimos dois meses, os empresários mostraram maior propensão para investir. O Índice de Investimentos do Empresário do Comércio (Iiec), um dos componentes do Icec, avançou 1,3% na comparação com outubro de 2012. Em relação a setembro, o avanço foi de 3,3%.
"A expectativa de maior crescimento das vendas a médio prazo elevou o porcentual de empresários dispostos a aumentar significativamente as contratações nos próximos meses", avaliou a CNC. No curto prazo, porém, a ampliação de estoques deve ser tímida, apenas para atender à demanda de fim de ano. Ainda há empresas com estoques acima do desejado.
Segundo a CNC, 86,4% dos empresários avaliam que a economia vai melhorar nos próximos meses. As projeções otimistas contrastam com a percepção atual. "Para 59,2% dos empresários ouvidos, as condições econômicas pioraram no período de um ano, sendo que 25% relataram piora acentuada."