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Índice Big Mac inspira Índice KFC, que tem Angola no topo

100 dólares compram 4 baldes com 15 pedaços cada nos Estados Unidos; já na África do Sul, com moedas subvalorizadas, os mesmos 100 dólares compram 9 baldes

10. Coronel Sanders (Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 15h43.

São Paulo - O kwanza, de Angola , lidera como moeda mais sobrevalorizada entre 18 países africanos analisados na segunda edição do "Índice KFC".

Os números foram divulgados na semana passada pela consultoria de mercado Sagaci Research, com sede em Nairóbi, no Quênia.

O KFC (Kentucky Fried Chicken) foi escolhido porque é a única rede de fast food presente em muitos países da África.

A ideia do índice é analisar a paridade de poder de compra no continente usando como referência o preço de um balde com 15 pedaços de frango na loja.

De acordo com a noção de paridade de poder de compra, as taxas de câmbio tendem a caminhar no longo prazo para que um mesmo bem ou serviço fique com o mesmo preço em dólar em qualquer país.

100 dólares compram 4 baldes nos Estados Unidos, usado como referência. Em Angola, com a moeda mais sobrevalorizada, compram apenas 3.

Já na África do Sul e em Lesoto, países com moedas subvalorizadas, os mesmos 100 dólares compram 9 baldes; os outros países ficam entre esses dois extremos (em Moçambique, são 6 baldes).

Apenas três países analisados tem moeda sobrevalorizada por esse critério (Angola, Marrocos e Zimbábue) e Zâmbia e Lesoto são as mais subvalorizadas com 52% e 55%, respectivamente.

A inspiração é o Índice Big Mac, calculado semestralmente desde 1986 pela revista The Economist, que usa os preços do hambúrguer em vários países para ver quais tem moedas valorizadas demais (ou de menos) em relação ao dólar.

Veja na tabela quais são os países africanos com moedas sobrevalorizadas ou subvalorizadas usando o KFC como referência na primeira edição do índice, em março, e na segunda, em junho:

PaísEm marçoEm junho
Angola72%28%
Marrocos30%6%
Zimbábue12%12%
Estados Unidos0% [referência]0% [referência]
Quênia1%-1%
Uganda-17%-17%
Tanzânia-13%-18%
Ilhas Maurício-27%-18%
Namíbia-32%-26%
Nigéria8%-27%
Gana-15%-29%
Malauí-25%-30%
Moçambique4%-38%
Egito-34%-39%
Botsuana-29%-43%
Suazilândianão estava-49%
Zâmbianão estava-52%
Lesotonão estava-55%

Índice Big Mac

A última edição do Índice Big Mac divulgada há uma semana mostra que o real está 5,1% subvalorizado. Em janeiro, essa subvalorização era de 32%.

O preço do sanduíche por aqui é de R$ 15,50 (US$ 4,78) e a taxa de câmbio de mercado usada na pesquisa é de R$ 3,24. Pelo Índice Big Mac, com base na paridade do poder de compra nossa taxa de câmbio deveria estar em R$ 3,08.

Das 48 moedas monitoradas, a mais subvalorizada é a da Ucrânia (-68,8%), seguida por Malauí (-60,6%) e Rússia (-59,3%). Apenas três países tem moeda sobrevalorizada: Suíça (30,8%), Noruega (9,3%) e Suécia (3,7%).

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São Paulo - O kwanza, de Angola , lidera como moeda mais sobrevalorizada entre 18 países africanos analisados na segunda edição do "Índice KFC".

Os números foram divulgados na semana passada pela consultoria de mercado Sagaci Research, com sede em Nairóbi, no Quênia.

O KFC (Kentucky Fried Chicken) foi escolhido porque é a única rede de fast food presente em muitos países da África.

A ideia do índice é analisar a paridade de poder de compra no continente usando como referência o preço de um balde com 15 pedaços de frango na loja.

De acordo com a noção de paridade de poder de compra, as taxas de câmbio tendem a caminhar no longo prazo para que um mesmo bem ou serviço fique com o mesmo preço em dólar em qualquer país.

100 dólares compram 4 baldes nos Estados Unidos, usado como referência. Em Angola, com a moeda mais sobrevalorizada, compram apenas 3.

Já na África do Sul e em Lesoto, países com moedas subvalorizadas, os mesmos 100 dólares compram 9 baldes; os outros países ficam entre esses dois extremos (em Moçambique, são 6 baldes).

Apenas três países analisados tem moeda sobrevalorizada por esse critério (Angola, Marrocos e Zimbábue) e Zâmbia e Lesoto são as mais subvalorizadas com 52% e 55%, respectivamente.

A inspiração é o Índice Big Mac, calculado semestralmente desde 1986 pela revista The Economist, que usa os preços do hambúrguer em vários países para ver quais tem moedas valorizadas demais (ou de menos) em relação ao dólar.

Veja na tabela quais são os países africanos com moedas sobrevalorizadas ou subvalorizadas usando o KFC como referência na primeira edição do índice, em março, e na segunda, em junho:

PaísEm marçoEm junho
Angola72%28%
Marrocos30%6%
Zimbábue12%12%
Estados Unidos0% [referência]0% [referência]
Quênia1%-1%
Uganda-17%-17%
Tanzânia-13%-18%
Ilhas Maurício-27%-18%
Namíbia-32%-26%
Nigéria8%-27%
Gana-15%-29%
Malauí-25%-30%
Moçambique4%-38%
Egito-34%-39%
Botsuana-29%-43%
Suazilândianão estava-49%
Zâmbianão estava-52%
Lesotonão estava-55%

Índice Big Mac

A última edição do Índice Big Mac divulgada há uma semana mostra que o real está 5,1% subvalorizado. Em janeiro, essa subvalorização era de 32%.

O preço do sanduíche por aqui é de R$ 15,50 (US$ 4,78) e a taxa de câmbio de mercado usada na pesquisa é de R$ 3,24. Pelo Índice Big Mac, com base na paridade do poder de compra nossa taxa de câmbio deveria estar em R$ 3,08.

Das 48 moedas monitoradas, a mais subvalorizada é a da Ucrânia (-68,8%), seguida por Malauí (-60,6%) e Rússia (-59,3%). Apenas três países tem moeda sobrevalorizada: Suíça (30,8%), Noruega (9,3%) e Suécia (3,7%).

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