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Indicador do BC mostra desaceleração da economia

Em julho ante junho, o IBC-Br, que é considerado um indicador antecedente do comportamento do Produto Interno Bruto, teve alta de 0,34 por cento

O número de junho do IBC-Br também foi revisado para pior, de queda preliminar de 0,26 por cento para baixa de 0,33 por cento (Marcello Casal Jr/ABr)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 18h07.

São Paulo - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) sofreu queda de 0,53 por cento em agosto contra julho, salientando a desaceleração da economia brasileira há menos de uma semana da próxima reunião do Comitê de Política Econômica (Copom).

Em julho ante junho, o IBC-Br, que é considerado um indicador antecedente do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,34 por cento, dado dessazonalizado e revisado da leitura preliminar de 0,46 por cento.

"Não imaginava um dado tão ruim (para agosto)", afirmou o economista-chefe do Gradual Investimentos, André Perfeito, que apostava em resultado mais próximo de zero ou apenas ligeiramente negativo.

Ele atribuiu a queda às medidas de aperto monetário promovidas pelo governo até julho, incluindo alta de 1,75 ponto na taxa básica de juro, contingenciamento de despesas orçamentárias e aumento do compulsório bancário.

Apesar do cenário ruim, ele calcula que o BC se manterá fiel ao discurso de "moderação", e cortará a Selic em mais 0,5 ponto percentual na próxima semana. Se concretizado, o movimento será igual ao dado em agosto e levará a taxa para 11,50 por cento ao ano.

Pesquisa da Reuters mostrou que a maior parte dos economistas aposta agora em mais um corte de 0,5 ponto na próxima reunião do comitê na semana que vem e em novembro, último encontro do ano.

O número de junho do IBC-Br também foi revisado para pior, de queda preliminar de 0,26 por cento para baixa de 0,33 por cento.


Em relação a agosto de 2010, o IBC-Br cresceu 2,02 por cento. No ano, o IBC-Br acumula alta de 3,43 por cento, e de 4,07 por cento em 12 meses.

"O crescimento está acomodando em ritmo maior do que o esperado, provavelmente já refletindo os primeiros sinais das recentes turbulências no mercado e o aumento da incerteza gerados pela crise da dívida europeia", afirmaram em relatório os economistas do Barclays Capital Guilherme Loureiro e Marcelo Salomon, em comentário sobre o IBC-Br.

O indicador do BC veio em linha com outros dados da economia que mostram arrefecimento. As vendas no varejo brasileiro, por exemplo, registraram em agosto a primeira queda mensal desde abril passado, de 0,4 por cento, frente a julho, informou nesta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Em julho ante junho, o IBC-Br, que é considerado um indicador antecedente do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,34 por cento, dado dessazonalizado e revisado da leitura preliminar de 0,46 por cento.

"Não imaginava um dado tão ruim (para agosto)", afirmou o economista-chefe do Gradual Investimentos, André Perfeito, que apostava em resultado mais próximo de zero ou apenas ligeiramente negativo.

Ele atribuiu a queda às medidas de aperto monetário promovidas pelo governo até julho, incluindo alta de 1,75 ponto na taxa básica de juro, contingenciamento de despesas orçamentárias e aumento do compulsório bancário.

Apesar do cenário ruim, ele calcula que o BC se manterá fiel ao discurso de "moderação", e cortará a Selic em mais 0,5 ponto percentual na próxima semana. Se concretizado, o movimento será igual ao dado em agosto e levará a taxa para 11,50 por cento ao ano.

Pesquisa da Reuters mostrou que a maior parte dos economistas aposta agora em mais um corte de 0,5 ponto na próxima reunião do comitê na semana que vem e em novembro, último encontro do ano.

O número de junho do IBC-Br também foi revisado para pior, de queda preliminar de 0,26 por cento para baixa de 0,33 por cento.


Em relação a agosto de 2010, o IBC-Br cresceu 2,02 por cento. No ano, o IBC-Br acumula alta de 3,43 por cento, e de 4,07 por cento em 12 meses.

"O crescimento está acomodando em ritmo maior do que o esperado, provavelmente já refletindo os primeiros sinais das recentes turbulências no mercado e o aumento da incerteza gerados pela crise da dívida europeia", afirmaram em relatório os economistas do Barclays Capital Guilherme Loureiro e Marcelo Salomon, em comentário sobre o IBC-Br.

O indicador do BC veio em linha com outros dados da economia que mostram arrefecimento. As vendas no varejo brasileiro, por exemplo, registraram em agosto a primeira queda mensal desde abril passado, de 0,4 por cento, frente a julho, informou nesta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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