Economia

Indicador de gastos do consumidor nos EUA sobe com força

O chamado núcleo das vendas no varejo corresponde de forma mais próxima ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto (PIB)


	Pessoas com sacolas: os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, desaceleraram inesperadamente nos últimos meses
 (Getty Images)

Pessoas com sacolas: os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, desaceleraram inesperadamente nos últimos meses (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 15h48.

Washington - O núcleo das vendas no varejo nos Estados Unidos, medida dos gastos do consumidor, subiu de forma sólida em novembro, sugerindo ímpeto suficiente na economia para o banco central norte-americano elevar a taxa de juros na próxima semana.

Outros dados divulgados nesta sexta-feira mostraram que a confiança do consumidor avançou no início de dezembro, um sinal encorajador para gastos futuros.

As vendas no varejo excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentação subiram 0,6 por cento no mês passado, após alta de 0,2 por cento em outubro, informou o Departamento do Comércio.

O chamado núcleo das vendas no varejo corresponde de forma mais próxima ao componente de gastos do consumidor do Produto Interno Bruto (PIB).

"Isso tira qualquer preocupação de potencial queda nos gastos das famílias após alguns meses mais fracos em agosto e setembro. Não que existe muita dúvida, mas isso dá sustentação a uma alta dos juros pelo Fed na próxima semana", disse o economista da Capital Economics Steve Murphy.

Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, desaceleraram inesperadamente nos últimos meses.

A moderação aconteceu apesar do estreitamento do mercado de trabalho, que começou a elevar a renda das famílias.

Separadamente, o índice de confiança do consumidor da Universidade de Michigan subiu para 91,8 no início deste mês, ante 91,3 em novembro.

Em outro relatório, o Departamento do Comércio informou que os estoques no varejo excluindo automóveis aumentaram 0,4 por cento em outubro, sugerindo que os estoques podem exercer menos peso no crescimento do quarto trimestre do que imaginado anteriormente.

A sólida demanda doméstica em novembro sustenta as expectativas de que o Federal Reserve vai elevar a taxa de juros referencial, atualmente em torno de zero, quando as autoridades concluírem a reunião de dois duas na próxima quarta-feira, apesar da inflação fraca.

O banco central norte-americano não eleva os juros desde junho de 2006.

Em relatório separado, o Departamento do Trabalho disse que seu índice de preços ao produtor avançou 0,3 por cento no mês passado após cair 0,4 por cento em outubro.

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