Inadimplência seguirá em queda, prevê LCA
Cálculos da consultoria mostram redução no endividamento das famílias
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2010 às 12h41.
São Paulo - A alta dos juros promovida pelo Banco Central neste ano ainda vai demorar para impactar no custo do crédito. Segundo a LCA Consultores, os financiamentos devem continuar em expansão e a inadimplência, em queda.
Inadimplência (atraso superior a 90 dias) | jun/09 | mai/10 | jun/10 |
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Pessoa física | 8,40% | 6,80% | 6,60% |
Pessoa jurídica | 3,40% | 3,70% | 3,60% |
Cálculos da consultoria - a partir dos dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira (27) - mostram que a parcela da renda das famílias comprometida com dívidas caiu de 17,4% em maio para 14,3% em junho. "O aumento do prazo médio das operações alivia o orçamento doméstico e torna positiva a trajetória da inadimplência", diz Mirela Scarabel, economista da LCA.
Prazo médio das operações | jun/09 | mai/10 | jun/10 |
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Pessoa física | 478 dias | 518 dias | 527 dias |
Pessoa jurídica | 267 dias | 363 dias | 382 dias |
Outro ponto importante, segundo Mirela Scarabel, é o crescimento dos financiamentos imobiliário e de veículos, e do crédito consignado - modalidades que têm taxas de juros mais baixas. "Isso explica a queda da taxa média de juros num período de aperto monetário", diz Scarabel. Quanto às pessoas jurídicas, o destaque fica por conta do crescimento dos repasses de recursos via BNDES, que não são afetados pela taxa Selic (o BNDES utiliza a TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo).
Taxa de juros (ao ano) | jun/09 | mai/10 | jun/10 |
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Pessoa Física | 45,60% | 41,50% | 40,40% |
Pessoa Jurídica | 27,40% | 26,90% | 27,30% |
A oferta de crédito cresceu 8,1% no primeiro semestre e atingiu 45,7% do Produto Interno Bruto (PIB) - recorde histórico. "O ritmo é forte, mas não é exagerado", avalia a economista da LCA.
Período | jun/09 | mai/10 | jun/10 |
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Relação Crédito/PIB | 41,80% | 45,20% | 45,70% |