Economia

Inadimplência no Brasil cresce 1,31% em maio, diz SPC

Em números absolutos, estima-se que 60,1 milhões de brasileiros estejam com contas atrasadas

Dívidas: em relação a maio de 2016, houve queda de 0,50%, a terceira redução consecutiva nessa comparação anual (iStock/Thinkstock)

Dívidas: em relação a maio de 2016, houve queda de 0,50%, a terceira redução consecutiva nessa comparação anual (iStock/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de junho de 2017 às 12h14.

Em todo o país, o número de consumidores inadimplentes teve crescimento de 1,31% em maio, na comparação com abril, informa levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Esta foi a maior variação positiva desde março de 2015, quando a alta atingiu 2,2%.

Em relação a maio de 2016, houve queda de 0,50%, a terceira redução consecutiva nessa comparação anual.

Em números absolutos, estima-se que 60,1 milhões de brasileiros estejam com restrições de crédito, quase 40% da população adulta.

Para Honório Pinheiro, presidente da CNDL, a desaceleração do indicador na base anual não é indicativo de que os consumidores estejam quitando suas dívidas, mas um reflexo do crédito mais restrito.

Contas em atraso

No comparativo entre faixas etárias, mais da metade da população (51%) entre 30 e 39 anos tem contas em atraso, somando 17,3 milhões de inadimplentes. Quase metade das pessoas (48%) com idade entre 40 e 49 anos está negativada, totalizando 13,2 milhões de consumidores. Entre os mais jovens, entre 25 e 29 anos, o percentual também é elevado: 47% deste grupo estão inadimplentes, somando mais de 8 milhões de devedores.

A população com idade mais avançada, de 50 a 64 anos, tem 39% de inadimplentes, o que totaliza 12 milhões de devedores. Na faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 31%, o que representa 4,8 milhões de pessoas. Já os mais jovens, de 18 a 24 anos, representam 19% e totalizam 4,4 milhões de devedores.

No indicador por região, houve queda generalizada. O recuo mais acentuado foi no Sul, com -4,85% em maio deste ano na relação com o mesmo mês do ano passado. Em seguida, aparecem as Regiões Sudeste (-3,81%), Nordeste (-2,53%), Centro Oeste (-1,91%) e Norte (-1,29%).

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