O maior crescimento registrado no mês foi o das dívidas com os bancos, que tiveram alta de 7,5% (Dave Dugdale/Creative Commons)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2011 às 14h28.
São Paulo - A inadimplência das empresas brasileiras subiu 1,9% no mês de agosto em relação a julho, segundo dados da empresa de consultoria Serasa Experian. O crescimento foi inferior ao registrado no mês anterior, quando o índice registrou elevação de 4,5%, em relação a junho. Já no comparativo com agosto de 2010, a inadimplência cresceu 23,5%.
O maior crescimento registrado no mês foi o das dívidas com os bancos, que tiveram alta de 7,5%. As dívidas não bancárias, como com empresas financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços, tiveram uma elevação de 7%. Já os protestos e cheques sem fundos tiveram queda de 1,2% e 6,9% respectivamente.
No acumulado do ano, considerando os meses de janeiro a agosto, o número de empresas que deixaram de honrar seus compromissos teve uma elevação de 14,8% em relação ao mesmo período de 2010.
O valor médio das dívidas também subiu em todas as categorias. A maior elevação foi encontrada nos débitos bancários, que tiveram um valor médio de R$ 5.165,06 no acumulado de janeiro a agosto, com alta de 9,1% em relação a igual período de 2010. Em seguida aparecem os títulos protestados, com média de R$ 1.760,16, ocasionando um crescimento de 7,6% no período. Os cheques sem fundos tiveram um valor médio de R$ 2.065,11, representando um aumento de 1,5% sobre igual acumulado de 2010. O valor médio das dívidas não bancárias foi R$ 739,45, uma elevação de 1,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Segundo economistas da Serasa, a inadimplência das empresas reduziu seu ritmo de crescimento em agosto, na comparação com julho, em razão do Dia dos Pais. A forte expansão das vendas para a data gerou as receitas necessárias para honrar alguns financiamentos atrasados. Para eles, ainda que o capital de giro se mantenha caro, muitas empresas começam a ampliar suas encomendas, buscando aumentar seus estoques para o Dia da Criança e o Natal, o que amplia a atividade produtiva e gera liquidez no fluxo de caixa.