Economia

Importadores de máquinas têm queda de negócios em 2013

De 2011 a 2013, o setor diminuiu o volume médio de negócios no ano de US$ 2,2 bilhões para menos de US$ 1,8 bilhões, queda de 20%


	Importações: setor automobilístico, que responde por 60% das importações de bens de capital, se manteve estável
 (REUTERS/Andres Stapff)

Importações: setor automobilístico, que responde por 60% das importações de bens de capital, se manteve estável (REUTERS/Andres Stapff)

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Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 17h44.

São Paulo - Este ano não foi positivo para os importadores de máquinas e equipamentos industriais. Pelo segundo ano consecutivo, foi registrado recuo no volume médio de negócios do setor, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei). De 2011 a 2013, o setor diminuiu o volume médio de negócios no ano de US$ 2,2 bilhões para menos de US$ 1,8 bilhões, queda de 20%.

"Tinha-se a expectativa de que esse ano poderia pelo menos recuperar a queda que havia em 2012, mas pelo contrário. Houve uma queda maior ainda", afirmou o presidente da Abimei, Ennio Crispino. "Esse ano de 2013 foi um ano difícil. Eu diria até que muitos desses importadores prefeririam esquecer", completou.

De acordo com ele, quando o governo anuncia aumento nas importações de bens de capital não considera apenas maquinário produtivo, mas também itens manufaturados, como autopeças. "Para o governo, vários itens são bens de capital, mas não aumentaram as importações de meio produção", explicou.

O setor automobilístico, que responde por 60% das importações de bens de capital, se manteve estável, sem investimentos significativos. As montadoras já estavam equipadas para a produção prevista no ano e o Inovar-Auto ainda não surtiu efeito, segundo Crispino. O programa é uma expectativa positiva para o setor, já que a produção de conteúdo nacional irá exigir maquinário. "As máquinas oferecidas pelo parque nacional ou não têm capacidade produtiva ou não têm tecnologia e precisão que exigem essas montadoras."

Apesar disso, a previsão para 2014 não é positiva, por conta do "efeito calendário", prejudicado por feriados, Copa do Mundo e eleições. "Não temos motivos para achar que há indicativos de que possa ser um ano melhor do que 2013. Se conseguirmos pelo menos igualar 2013 já será um alento", afirmou o presidente da Abimei. Segundo ele, tudo está "no campo da incerteza" e vai depender também da condução da política econômica.

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