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Importações corroeram expansão no 1º tri, diz Mantega

Ele ressaltou que, enquanto as exportações cresceram apenas 0,2% no período, as importações tiveram uma expansão de 1,1%

Os serviços, de acordo com ele, continuam indo bem e, portanto, empregando mão-de-obra (Antonio Cruz/Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 20h56.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , atribuiu o baixo crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano comparativamente ao último trimestre de 2011 ao que classifica de "vazamento de parte da demanda doméstica para o exterior". Ele ressaltou que, enquanto as exportações cresceram apenas 0,2% no período, as importações tiveram uma expansão de 1,1%.

"Portanto, as importações de bens e serviços comeram uma parte do nosso crescimento", lamentou o ministro da Fazenda. Isto, de acordo com ele, é cerca de 30% do crescimento no trimestre. "Não é pouca coisa, o que demonstra a necessidade de continuarmos com medidas de defesa comercial, de modo que nosso mercado estimule a nossa produção", destacou Mantega na sexta-feira, durante entrevista à imprensa em que comentou o desempenho do PIB no primeiro trimestre.

"Eu queria destacar que, mesmo com esse crescimento do PIB de 0 2%, o emprego foi muito bem no Brasil. Cresceu bastante. Se nós pegarmos os primeiros quatro meses do ano, nós tivemos a criação de 600 mil novos empregos, o que reflete o dinamismo da indústria, principalmente a construção civil, que teve um crescimento de 1,5% neste trimestre", afirmou.

Os serviços, de acordo com ele, continuam indo bem e, portanto, empregando mão-de-obra. "Eu diria que este é um dos melhores resultados do mundo em termos de geração de emprego e é um excelente indicador econômico", avaliou.


"Nós acabamos de ver o indicador de que o desemprego nos Estados Unidos aumentou. O desemprego na Europa está aumentando e, portanto este é um indicador excelente que o Brasil mantém", disse. "Mantendo o aumento do emprego, mais o aumento do salário mínimo, aumento da massa salarial, nós temos um mercado consumidor que vai continuar estimulando o crescimento da economia brasileira", previu o ministro da Fazenda.

"Infelizmente, uma parte desta demanda vazou para o exterior neste primeiro trimestre e isso ajudou a termos este resultado (PIB de apenas 0,2%)", reiterou Mantega, para quem este é um motivo que justifica as medidas de defesa ao mercado interno. "Vocês viram as medidas que foram anunciadas ontem (quinta-feira), de elevação do IPI para produtos fabricados na Zona Franca. Nós temos ar-condicionado, forno elétrico e motos. Esta elevação do IPI não afeta o produto fabricado no Brasil, porque o imposto é zerado na Zona Franca de Manaus. Ou seja, eles não pagam este IPI. Então, ele atinge somente as importações", reforçou o ministro.

Estas medidas, de acordo com Mantega, são uma garantia de que haverá um aumento de venda de ar-condicionado, motos e fornos microondas fabricados no Brasil. "As vendas vão bem, mas uma parte é absorvida pelas importações", ponderou.

Ainda de acordo com o ministro, este resultado do crescimento modesto das exportações reflete no trimestre reflete muito a crise internacional. "Reflete por exemplo, a dificuldade da Argentina de importar os produtos brasileiros. A Argentina estabeleceu uma série de barreiras, está com uma série de dificuldades e nós exportamos menos não só para a Argentina, mas para outros países. Então isso explica esta parte", disse o ministro.

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Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega , atribuiu o baixo crescimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano comparativamente ao último trimestre de 2011 ao que classifica de "vazamento de parte da demanda doméstica para o exterior". Ele ressaltou que, enquanto as exportações cresceram apenas 0,2% no período, as importações tiveram uma expansão de 1,1%.

"Portanto, as importações de bens e serviços comeram uma parte do nosso crescimento", lamentou o ministro da Fazenda. Isto, de acordo com ele, é cerca de 30% do crescimento no trimestre. "Não é pouca coisa, o que demonstra a necessidade de continuarmos com medidas de defesa comercial, de modo que nosso mercado estimule a nossa produção", destacou Mantega na sexta-feira, durante entrevista à imprensa em que comentou o desempenho do PIB no primeiro trimestre.

"Eu queria destacar que, mesmo com esse crescimento do PIB de 0 2%, o emprego foi muito bem no Brasil. Cresceu bastante. Se nós pegarmos os primeiros quatro meses do ano, nós tivemos a criação de 600 mil novos empregos, o que reflete o dinamismo da indústria, principalmente a construção civil, que teve um crescimento de 1,5% neste trimestre", afirmou.

Os serviços, de acordo com ele, continuam indo bem e, portanto, empregando mão-de-obra. "Eu diria que este é um dos melhores resultados do mundo em termos de geração de emprego e é um excelente indicador econômico", avaliou.


"Nós acabamos de ver o indicador de que o desemprego nos Estados Unidos aumentou. O desemprego na Europa está aumentando e, portanto este é um indicador excelente que o Brasil mantém", disse. "Mantendo o aumento do emprego, mais o aumento do salário mínimo, aumento da massa salarial, nós temos um mercado consumidor que vai continuar estimulando o crescimento da economia brasileira", previu o ministro da Fazenda.

"Infelizmente, uma parte desta demanda vazou para o exterior neste primeiro trimestre e isso ajudou a termos este resultado (PIB de apenas 0,2%)", reiterou Mantega, para quem este é um motivo que justifica as medidas de defesa ao mercado interno. "Vocês viram as medidas que foram anunciadas ontem (quinta-feira), de elevação do IPI para produtos fabricados na Zona Franca. Nós temos ar-condicionado, forno elétrico e motos. Esta elevação do IPI não afeta o produto fabricado no Brasil, porque o imposto é zerado na Zona Franca de Manaus. Ou seja, eles não pagam este IPI. Então, ele atinge somente as importações", reforçou o ministro.

Estas medidas, de acordo com Mantega, são uma garantia de que haverá um aumento de venda de ar-condicionado, motos e fornos microondas fabricados no Brasil. "As vendas vão bem, mas uma parte é absorvida pelas importações", ponderou.

Ainda de acordo com o ministro, este resultado do crescimento modesto das exportações reflete no trimestre reflete muito a crise internacional. "Reflete por exemplo, a dificuldade da Argentina de importar os produtos brasileiros. A Argentina estabeleceu uma série de barreiras, está com uma série de dificuldades e nós exportamos menos não só para a Argentina, mas para outros países. Então isso explica esta parte", disse o ministro.

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