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Ilan vê risco no cenário externo sem reforma da Previdência

Presidente do Banco Central afirmou nesta quarta-feira que é necessário insistir na realização da reforma da Previdência

Ilan Goldfajn, sobre a reforma da Previdência: "esse é o risco: é mudar o cenário internacional sem que nós tenhamos feito o dever de casa aqui" (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 09h36.

Última atualização em 27 de setembro de 2017 às 10h22.

Brasília - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn , afirmou nesta quarta-feira que é necessário insistir na realização da reforma da Previdência, uma vez que seria um problema para o Brasil uma mudança no cenário de política monetária externa sem que o país tenha endereçado questões importantes.

Em entrevista à rádio CBN, Ilan citou que um risco ao Brasil seria que a alta dos juros em economias desenvolvidas não seja tão devagar como esperado num momento em que o país não tenha feito reformas, principalmente a da Previdência.

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"Esse é o risco: é mudar o cenário internacional sem que nós tenhamos feito o dever de casa aqui", disse em entrevista à rádio CBN.

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sinalizou na semana passada que ainda espera um aumento dos juros até o fim do ano, enquanto na véspera a chair do Fed, Janet Yellen, reforçou a necessidade de continuar com altas graduais.

Ilan afirmou, entretanto, que, diante da sinalização dada pelo Fed, se os juros no país subirem um pouco e de forma moderada isso tende a não atrapalhar muito o Brasil no momento.

O presidente do BC destacou ainda o processo de recuperação econômica pelo qual o país vem passando, afirmando que apesar das incertezas domésticas os investidores estrangeiros têm demonstrado confiança no desempenho apresentado recentemente pela economia brasileira.

Segundo ele, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer em 2018 algo entre 2 e 3 por cento, o que significa "maiores oportunidades de emprego".

Perguntado sobre a questão dos compulsórios, Ilan respondeu que várias medidas de simplicação estão sendo tomadas e que o BC está sempre analisando o que é melhor para o sistema financeiro.

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