Economia

IGP-DI desacelera para alta de 0,69% em junho, diz FGV

Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,66%, ante 4,80% nos 12 meses até maio

Informação é da Fundação Getulio Vargas (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Informação é da Fundação Getulio Vargas (Pedro Zambarda/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 08h51.

São Paulo - O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,69 por cento em junho, ante elevação de 0,91 por cento em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quinta-feira. Em 12 meses, o índice acumula alta de 5,66 por cento, ante 4,80 por cento nos 12 meses até maio.

Levantamento da Reuters mostrou que, pela mediana de 12 previsões, o indicador teria alta de 0,60 por cento neste mês.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) registrou inflação de 0,89 por cento, após apresentar alta em maio de 0,91 por cento. O índice calcula as variações de preços de bens agropecuários e industriais nas transações em nível de produtor e responde por 60 por cento do IGP-DI.

Segundo a FGV, o índice relativo a Bens Finais apresentou variação de 0,62 por cento em junho, ante 0,12 por cento no mês anterior. O principal responsável por essa aceleração foi o subgrupo Alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,02 por cento para 4,96 por cento.

O índice do grupo Bens Intermediários desacelerou a alta para 1,17 por cento, ante 1,36 por cento em maio. O principal responsável foi o subgrupo Materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de 1,51 por cento para 1,29 por cento.

Já em Matérias-Primas Brutas foi registrada alta de 0,84 por cento, ante 1,20 por cento em maio. Os destaques para essa desaceleração foram café em grão (1,38 por cento para -4,84 por cento), leite in natura (1,00 por cento para -2,56 por cento) e soja em grão (7,55 por cento para 6,39 por cento).

Por sua vez, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), registrou alta de 0,11 por cento, ante 0,52 por cento em maio. O índice mede a evolução dos preços às famílias com renda entre um e 30 salários mínimos mensais e corresponde a 30 por cento do IGP-DI.

Seis das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição para este movimento foi do grupo Habitação, cuja taxa passou de 0,55 por cento para 0,06 por cento.

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (-0,11 por cento para -0,73 por cento), Despesas Diversas (3,73 por cento para 0,48 por cento), Vestuário (0,93 por cento para 0,06 por cento), Saúde e Cuidados Pessoais (0,70 por cento para 0,38 por cento) e Educação, Leitura e Recreação (0,23 por cento para -0,10 por cento).

Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) avançou 0,73 por cento em junho, após alta de 1,88 por cento em maio. O índice representa 10 por cento do IGP-DI.

O item Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,41 por cento, ante 0,35 por cento em maio. O índice que representa o custo da Mão de Obra variou 1,03 por cento, abaixo dos 3,38 por cento em maio.


O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais, sendo o indexador das dívidas dos Estados com a União. O índice também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.

Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga os dados de junho do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) -que serve de referência para a meta oficial de inflação, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Pesquisa da Reuters mostrou que a inflação provavelmente esfriou em junho para o menor nível em quase dois anos, desacelerando a alta a 0,11 por cento em junho após ter subido 0,36 por cento em maio, de acordo com a mediana das previsões de 30 analistas.

A recente desaceleração da inflação, como atestado por vários indicadores, corrobora a política do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros do país, hoje na mínima histórica de 8,50 por cento ao ano, com o objetivo de impulsionar a atividade no país.

A autoridade monetária já cortou a Selic em 4 pontos percentuais desde agosto passado e deve realizar ainda mais reduções, como indicado na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

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