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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h33.
Anunciado como o início do espetáculo do crescimento pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a economia em 2003 deixou o governo constrangido, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) havia encolhido 0,2%. Nesta terça-feira (30/11), porém, o IBGE revisou os cálculos e anunciou que a economia cresceu 0,5% no ano passado, e o PIB alcançou 1,556 trilhão de reais.
Feita a revisão, até mesmo a retração renda per capita foi menor do que o divulgado inicialmente. Em março, o instituto havia informado que a renda recuara 1,5% no ano passado, mas a conta nova indicou que o recuo foi de 0,9%, para 8 684 reais por brasileiro. Ainda assim, foi a maior queda da renda per capital desde 1998, quando a retração foi de 1,36%.
Com a renda menor, o mercado interno ficou pressionado. Segundo o IBGE, o consumo final das famílias baixou 0,8% em 2003. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que indica a velocidade em que as empresas estão investindo na expansão da capacidade produtiva, encerrou o ano 5,1% menor que em 2002. O recuo nos investimentos reduziu a participação da FBCF na composição do PIB de 19,3%, no ano retrasado, para 17,8% em 2003.
Mesmo após a revisão, a agropecuária continuou como o setor mais dinâmico da economia brasileira em 2003, registrando um crescimento de 4,5%. O desempenho do agronegócio também estimulou as vendas ao exterior, que fecharam o ano passado com alta de 9%, conforme o IBGE. Já as importações recuaram 1,7%, pressionadas pelo fraco mercado interno e pelos poucos investimentos das empresas.