Acompanhe:

IBGE: combustíveis impedem desaceleração do IPCA

"A alta nos transportes praticamente anulou a queda de alimentos" explicou a coordenadora do órgão

Modo escuro

Continua após a publicidade
Os combustíveis foram os vilões da inflação em julho (Divulgação)

Os combustíveis foram os vilões da inflação em julho (Divulgação)

D
Daniela Amorim

Publicado em 5 de agosto de 2011 às, 10h39.

Rio de Janeiro - A alta nos preços dos combustíveis impediu uma desaceleração no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou em 0,16% em julho após uma variação de 0,15% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A alta nos transportes praticamente anulou a queda de alimentos. E essa alta foi puxada por combustíveis. Não fossem os combustíveis, a taxa do IPCA podia ter sido bem menor", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE. "É a gasolina que tem o peso relevante no cálculo do IPCA. Então qualquer movimento de preço que ocorra no item gasolina vai mexer tanto no bolso quanto no peso na inflação."

O peso da gasolina no IPCA é de 4,35%. Os preços dos combustíveis passaram de uma queda de 4,25% em junho para uma alta de 0,47% em julho. O etanol saiu de uma queda de 8,84% para uma alta de 4,01% no mesmo período, enquanto o litro da gasolina passou de um recuo de 3,94% para uma alta de 0,15%.

No ano, a gasolina acumula alta de 6,30%. No mesmo período do ano passado, a gasolina apontava queda de 1,13%. Em todo o ano de 2010, a alta acumulada da gasolina foi de 1,67%.

Em relação ao etanol, a alta acumulada no ano é de 10,19%, muito acima da alta acumulada durante todo o ano de 2010, que foi de 4,36%.

"O índice (IPCA) de julho é basicamente explicado pelos combustíveis. A questão do etanol tem a ver com a cana-de-açúcar. A safra está estimada em 5% menor do que a do ano anterior. Além da redução da safra, parece que a qualidade da cana ainda está sendo prejudicada por conta das condições climáticas. E ainda há um descompasso entre oferta e procura por conta da frota de automóveis, que vem aumentando no País", justificou Eulina.

Últimas Notícias

Ver mais
Taxa de desemprego sobe 7,8% em fevereiro, primeira alta desde abril de 2023
Economia

Taxa de desemprego sobe 7,8% em fevereiro, primeira alta desde abril de 2023

Há um dia

Banco Central projeta crescimento de 1,9% do PIB e inflação de 3,5% em 2024
Economia

Banco Central projeta crescimento de 1,9% do PIB e inflação de 3,5% em 2024

Há um dia

Galípolo: Resiliência no consumo deve persistir com Bolsa Família e queda da inflação
Economia

Galípolo: Resiliência no consumo deve persistir com Bolsa Família e queda da inflação

Há um dia

Alckmin pede que Senado aprove rapidamente PL do Combustível do Futuro
Brasil

Alckmin pede que Senado aprove rapidamente PL do Combustível do Futuro

Há um dia

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais