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Haddad diz que tem levado a Lula nomes para as diretorias do BC

O escolhido assumiria num primeiro momento uma determinada diretoria com a promessa de que seria o substituto de Campos Neto, cujo mandato vai até o fim de 2024

"(Lula) vai dedicar o mês de março para conhecer essas pessoas", disse Haddad (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 6 de março de 2023 às 15h36.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , afirmou nesta segunda-feira, 6, que tem levado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva , nomes que estão sendo sugeridos para ocupar as diretorias do Banco Central . Ele disse que ainda não tem prazo definido para anunciar os escolhidos já que as comissões do Senado encarregadas de sabatinar indicados não foram instaladas.

"(Lula) vai dedicar o mês de março para conhecer essas pessoas", disse Haddad aos jornalistas após ter se reunido com o presidente.Haddad também afirmou que tem mantido conversas com o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre nomes para a diretoria.

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Há, no momento, dois mandatos que expiraram em 28 de fevereiro: o de diretor de Fiscalização, Paulo Souza, e o de Política Monetária, Bruno Serra.Souza tem disposição de renovar o mandato, mas Serra já indicou que vai deixar o órgão.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) nesta segunda-feira, as sondagens da equipe econômica a potenciais substitutos de diretores do Banco Central têm sido feitas com vistas ao longo prazo.

Alguns profissionais do mercado e até economistas que já integraram o Comitê de Política Monetária (Copom) foram abordados com uma espécie de "oferta casada", de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast.

O escolhido assumiria num primeiro momento uma determinada diretoria com a promessa de que seria o substituto de Campos Neto, cujo mandato vai até o fim de 2024.

Haddad diz que ainda não apresentou proposta de arcabouço fiscal a Lula

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 6, que ainda não apresentou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a proposta do novo arcabouço fiscal. Segundo ele, o texto já foi definido pela Fazenda, será apresentado aos outros ministérios que compõem a equipe econômica e depois será submetido ao chefe do Executivo.

"Eu primeiro fechei na Fazenda, conforme disse na semana passada. Fechamos o desenho do arcabouço fiscal internamente e agora vou tratar disso com área econômica antes de apresentar ao presidente. Essa não é uma proposta da Fazenda. Aliás, será uma proposta da sociedade porque vai envolver uma lei complementar a ser aprovada pelo Congresso Nacional. Neste momento estamos com o nosso desenho fechado, vamos apresentar a área econômica, levar ao presidente Lula e encaminhar ao Congresso", disse Haddad.

Nos últimos dias, o ministro já havia antecipado que o trabalho na Fazenda sobre o novo marco fiscal seria finalizado na semana passada e que as conclusões seriam levadas ao presidente. Em entrevista ao UOL, o ministro também disse que a ideia é apresentar o arcabouço antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, que ocorre nos dias 21 e 22.

A entrega do marco já havia sido antecipada de abril para março para permitir que o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 seja enviado ao Congresso considerando a nova regra, que vai substituir o teto de gastos. A ideia de Haddad é que o novo arcabouço fiscal tramite em paralelo ao PLDO.

Na entrevista ao UOL, Haddad defendeu a adoção de um arcabouço simples, objetivo e menos detalhado. "Tem duas perspectivas. Uma visão que a regra tem que ser mais detalhada e uma perspectiva com a qual tenho mais simpatia, mas posso ser voto vencido, que ela tem que ser simples, objetiva e demonstrar a trajetória clara para as finanças públicas nos próximos anos", avaliou.

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