Economia

Há consenso entre os parlamentares sobre medidas de curto prazo, diz Maia

O presidente da Câmara afirmou que há uma preocupação em não criar despesas de longo prazo no enfrentamento da crise do coronavírus

É necessário evitar que alguns setores tenham benefícios distorcidos de longo prazo, disse Maia (Luis Macedo/Agência Câmara)

É necessário evitar que alguns setores tenham benefícios distorcidos de longo prazo, disse Maia (Luis Macedo/Agência Câmara)

AO

Agência O Globo

Publicado em 7 de abril de 2020 às 12h03.

Última atualização em 7 de abril de 2020 às 12h06.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira que há um consenso entre os parlamentares sobre as medidas de curto prazo necessárias para o enfrentamento da crise do coronavírus. Maia participou de uma videoconferência da Necton Investimentos.

"O que une aqueles que têm uma agenda mais liberal na economia com aqueles que têm uma agenda mais estatizante na economia é o curto prazo. Qualquer tema de médio prazo dificulta, seja para o que a gente pensa, seja para o que a centro-esquerda pensa", afirmou.

O deputado afirmou que há uma preocupação em não criar despesas de longo prazo. Maia defende que a proposta do chamado “Orçamento de guerra” foi apresentada justamente com esse intuito.

"A gente precisa cuidar da crise do curto prazo e não deixar que despesas de longo prazo contaminem o Orçamento", disse.

Segundo o presidente da Câmara, é necessário evitar que alguns setores tenham benefícios “distorcidos” de longo prazo.

"A gente precisa segurar bastante as despesas limitadas no curto prazo para não deixar que, mais uma vez, nessa crise alguns setores se beneficiem dela para garantir benefícios distorcidos de médio e longo prazo que não beneficiem a sociedade", disse.

Maia também disse que a Câmara deve votar o Plano Mansueto, projeto de reequilíbrio fiscal aos estados, ainda nesta terça ou na quarta-feira. Segundo ele, há um conflito dos governadores pensando no médio e longo prazo e os deputados no curto prazo nesse projeto.

"Estamos tentando construir uma proposta que resolva o ano de 2020, resolva a queda de arrecadação de ICMS, resolva espaço para que elas possam pegar empréstimos com a suspensão das obrigações com o governo, para dar tranquilidade em 2020, mas não entre muito em 2021".

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