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Guerra cambial não acabou, diz Mantega ao ‘FT’

Para ministro, G-20 ainda está muito longe de chegar a um acordo sobre novas diretrizes para o gerenciamento do câmbio

Risco de uma nova escalada da inflação foi assunto de Mantega na Comissão de Assuntos Econômicos (Wilson Dias/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 20h12.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou em entrevista ao jornal Financial Times que a guerra cambial "realmente não acabou". Ele também disse que o grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20) ainda está muito longe de chegar a um acordo sobre novas diretrizes para o gerenciamento do câmbio, citando "disputas entre países" como os EUA e a China.

Em Londres, o ministro já havia afirmado, nesta manhã, que novas medidas podem ser tomadas para segurar o câmbio. "Medida cambial a gente não antecipa, a gente anuncia", disse a jornalistas, após participar de evento do BTG Pactual, em Londres. Para Mantega, o movimento de valorização do real esta ligado à estratégia monetária registrada nos países desenvolvidos. "O QE2 (sigla em inglês para desaperto quantitativo) acabou, mas ainda existe expansão monetária", afirmou.

Ele reforçou que o câmbio é uma preocupação para o governo ao responder sobre a necessidade de novas altas dos juros para conter a economia. "Estamos planejando medidas o tempo todo, mas não posso antecipar", afirmou, sobre a possibilidade de nova ação no câmbio.

Ainda nesta terça-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, alertou as empresas, especialmente não financeiras, sobre os riscos derivados da questão cambial. Ele lembrou que a taxa de câmbio no Brasil é flutuante e que, por isso, não se pode supor que o dólar vai sempre cair, já que a direção pode abruptamente se inverter. "É importante que o setor privado esteja atento à questão do hedge", disse Tombini. Nos últimos seis dias, a moed americana teve queda de 3,18%, chegando ao seu menor valor desde 18 de janeiro de 1999, de R$ 1,553.

Tombini ainda destacou que em função das medidas adotadas pelo governo, houve redução nos fluxos de dólares. Segundo ele, o governo agiu exatamente para evitar que um fluxo excessivo de moeda de uma hora para outra se reverta, causando instabilidade.

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São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou em entrevista ao jornal Financial Times que a guerra cambial "realmente não acabou". Ele também disse que o grupo das 20 maiores economias do mundo (G-20) ainda está muito longe de chegar a um acordo sobre novas diretrizes para o gerenciamento do câmbio, citando "disputas entre países" como os EUA e a China.

Em Londres, o ministro já havia afirmado, nesta manhã, que novas medidas podem ser tomadas para segurar o câmbio. "Medida cambial a gente não antecipa, a gente anuncia", disse a jornalistas, após participar de evento do BTG Pactual, em Londres. Para Mantega, o movimento de valorização do real esta ligado à estratégia monetária registrada nos países desenvolvidos. "O QE2 (sigla em inglês para desaperto quantitativo) acabou, mas ainda existe expansão monetária", afirmou.

Ele reforçou que o câmbio é uma preocupação para o governo ao responder sobre a necessidade de novas altas dos juros para conter a economia. "Estamos planejando medidas o tempo todo, mas não posso antecipar", afirmou, sobre a possibilidade de nova ação no câmbio.

Ainda nesta terça-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, alertou as empresas, especialmente não financeiras, sobre os riscos derivados da questão cambial. Ele lembrou que a taxa de câmbio no Brasil é flutuante e que, por isso, não se pode supor que o dólar vai sempre cair, já que a direção pode abruptamente se inverter. "É importante que o setor privado esteja atento à questão do hedge", disse Tombini. Nos últimos seis dias, a moed americana teve queda de 3,18%, chegando ao seu menor valor desde 18 de janeiro de 1999, de R$ 1,553.

Tombini ainda destacou que em função das medidas adotadas pelo governo, houve redução nos fluxos de dólares. Segundo ele, o governo agiu exatamente para evitar que um fluxo excessivo de moeda de uma hora para outra se reverta, causando instabilidade.

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