Guedes sugere que IBGE venda prédios para executar "bom" Censo Demográfico
Ministro da Economia sugeriu ainda a redução do número de perguntas da pesquisa de 150 para 100
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 14h56.
Rio - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve vender seus prédios, principalmente onde o presidente do órgão público "tem vista para o mar", para poder executar um bom Censo Demográfico no País, sugeriu o ministro da Economia , Paulo Guedes , durante a posse da nova presidente do órgão, Susana Cordeiro Guerra. Ele sugeriu ainda que a pesquisa seja simplificada, "porque quem pergunta muito acaba descobrindo demais", brincou.
"Vamos tentar simplificar, o censo de países desenvolvidos tem 10 perguntas, aqui tem 150", criticou Guedes, durante discurso no evento.
Ele ressaltou a importância do IBGE na vida do brasileiro, mas lembrou que a nova gestora terá muitos desafios pela frente, principalmente pela situação financeira pela qual passa o órgão.
"Esse emagrecimento que aconteceu é avassalador, as aposentadorias, mas vamos tentar ajudar. Se vender os prédios talvez a gente consiga. Façam um autossacrifício sim, vendam seus prédios", insistiu o ministro, afirmando que "a primeira coisa é acabar com a vista pro mar do presidente".
O IBGE possui seis prédios na cidade, segundo o ministro.
Qualidades
Guedes destacou as qualidades de Susana Guerra, explicando que tentou levar a executiva para Brasília, como assessora "do que ela quisesse". Mas, segundo o ministro, a economista preferiu o desafio do IBGE. "Acompanhei a carreira da Susana há muitos anos, tem uma excelente formação, participou de grandes organizações internacionais", elogiou.
Discurso da presidente
Em seu discurso de posse, Susana Guerra disse que estava havia 20 anos fora do Brasil se preparando para voltar e ajudar o País, e que o "brilho nos olhos" dos funcionários do IBGE mostraram que ela tomou a decisão acertada. Assim como Guedes, o desafio de realizar o censo demográfico também foi apontado pela executiva como prioridade.
"Não vai ter bala de prata para transformar o IBGE no que ele deve ser, mas vamos. São 213 milhões de pessoas, 240 mil contratados temporários, é um desafio implementar o censo na situação do IBGE, vai ser um desafio monumental", afirmou ela em seu discurso de posse.