Economia

Guedes avalia novo "imposto do pecado" sobre cigarros, bebidas e açúcar

No Fórum Econômico Mundial em Davos, ministro defendeu a inclusão de produtos como refrigerantes, sorvetes e chocolates na nova taxação

Paulo Guedes: ministro afirmou que o nome "imposto do pecado" é apenas uma expressão é acadêmica e não tem juízo moral (World Economic Forum/Walter Duerst/Fotos Públicas)

Paulo Guedes: ministro afirmou que o nome "imposto do pecado" é apenas uma expressão é acadêmica e não tem juízo moral (World Economic Forum/Walter Duerst/Fotos Públicas)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 15h24.

Última atualização em 23 de janeiro de 2020 às 16h57.

Davos — O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta tarde em Davos que pediu à sua equipe estudos para a criação de um “imposto do pecado”. Ele mencionou cigarros, bebidas alcoólicas e produtos com adição de açúcar como alvos potenciais de um novo tributo.

"Eu pedi para simular tudo. Bens que fazem mal para a saúde. Caso [as pessoas] queiram fumar, têm hospital lá na frente", disse o ministro, em conversa com jornalistas após seu último dia de compromissos no Fórum Econômico Mundial.

Guedes defendeu a inclusão de produtos como refrigerantes, sorvetes e chocolates na nova taxação. Ele usou o termo “imposto do pecado” para defendê-la, mas disse que a expressão é acadêmica (do inglês “sin tax”) e não tem juízo moral. “Não é nada de costumes, Deus me livre.”

De acordo com o ministro, a proposta do governo para a reforma tributária está próxima de uma conclusão e deve ser enviada em fevereiro. Ele acredita em um encaminhamento ao Congresso Nacional em 20 a 30 dias.

"A gente volta para o Brasil e já começa a bater o martelo", prometeu.

Guedes disse ter expectativa de que a reforma será aprovada ainda neste ano. “Para o [Rodrigo] Maia, que tem mais um ano de mandato, é simbólico”, afirmou o ministro, que dorme hoje em Zurique e passa a sexta-feira em viagem de retorno para Brasília.

Ele disse que tanto o presidente da Câmara quanto o do Senado, Davi Alcolumbre, prometeram ao governo criar uma comissão mista – com 15 deputados e 15 senadores – para acelerar a tramitação.

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