Economia

Guardia: Fundamentos são bons, com reservas e contas externas equilibradas

Ministro disse que, com colchão de liquidez grande, de R$ 575 bilhões, Banco Central e a Fazenda têm instrumentos para atuar nos juros

Eduardo Guardia: "Toda a vez que virmos disfuncionalidade dos preços e fundamentos, atuaremos de forma conjunta para suavizar o movimento" (Adriano Machado/Reuters)

Eduardo Guardia: "Toda a vez que virmos disfuncionalidade dos preços e fundamentos, atuaremos de forma conjunta para suavizar o movimento" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de junho de 2018 às 16h46.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, ao se referir à volatilidade nos mercados, disse nesta quarta-feira, 13, que a situação dos fundamentos hoje é bem diferente do que era em 2002, quando ele estava na Secretaria do Tesouro. "Algumas diferenças são importantes, como os fundamentos no setor externo, por exemplo, onde temos amplas reservas e um déficit em conta corrente pequeno e financiável", destacou o ministro.

De acordo com ele, o colchão de liquidez hoje é grande, de R$ 575 bilhões, e em 2002 era de R$ 37 bilhões. "Naquela época, se discutia solvência do setor público no curto prazo. Hoje temos um perfil completamente diferente e não temos dividas dolarizadas", reforçou o ministro.

Isso, de acordo com ele, significa que o Banco Central (BC) e a Fazenda têm instrumentos para atuar nos juros.

"E faremos isso visando a reduzir a volatilidade. Toda a vez que virmos disfuncionalidade dos preços e fundamentos, atuaremos de forma conjunta para suavizar o movimento", se comprometeu o ministro da Fazenda, para quem a valorização externa do dólar não há como o BC resolver. "Mas temos como suavizar a volatilidade e tirar o risco do sistema", afirmou.

Guardia destacou que o governo e o BC estão atentos e que entendem seus papéis numa combinação do cenário externo com este momento de transição de governo, que traz volatilidade.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo GuardiaMinistério da Fazenda

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito