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Greve dos caminhoneiros afeta consumo de energia do país, diz ONS

A região Sul foi a mais afetada, com queda da ordem de 9,2% no consumo de energia elétrica em maio contra abril

Energia: no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde se concentra a maior parte das indústria do país, greve também afetou fortemente o consumo (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de junho de 2018 às 18h25.

Rio - A carga de energia do Sistema Interligado Nacional ( ONS ) subiu 0,1% em maio, comparado a maio de 2017, mas registrou queda de 5,1% se comparado ao mês anterior, afetada pela greve dos caminhoneiros , informou nesta sexta-feira, 15, o Operador Nacional do Sistema (ONS). A região Sul foi a mais afetada, com queda da ordem de 9,2% no consumo de energia elétrica em maio contra abril.

"Segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), a greve dos caminhoneiros e a crise cambial da Argentina, principal destino de produtos manufaturados do Estado, afetaram fortemente as exportações gaúchas em maio", afirmou o ONS em nota, destacando que o valor embarcado pela indústria de transformação (US$ 940 milhões) foi 10,6% menor no mês, em comparação ao mesmo período de 2017.

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No subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde se concentra a maior parte das indústria do País,a greve de caminhoneiros também afetou fortemente o consumo de energia . Em relação a abril, a queda da carga despachada pelo ONS em maio recuou 5,7%, mas subiu 1% na comparação anual.

O Nordeste registrou alta nas duas comparações, de 1,3% frente a maio 2017 e 0,3% contra abril 2018. "O comportamento da carga do subsistema Nordeste é explicado, principalmente, pela ocorrência de chuvas acompanhadas de temperaturas médias inferiores às verificadas em maio/17", explicou o operador.

Já o subsistema Norte teve queda de consumo de 7,9% em um ano e de 3,1% em relação a abril de 2018. "A taxa de crescimento do mês de maio pode ser explicada, principalmente, pela redução da carga de um consumidor livre da Rede Básica a partir de meados do mês", informou.

O operador observa que o comportamento da carga do Sistema Interligado Nacional (SIN), que vinha apresentando sinais de crescimento em decorrência da retomada da economia, teve seu desempenho impactado pelo cenário do mercado externo e pelas incertezas econômicas e políticas. "Além disso, os efeitos na economia, relativos à greve dos caminhoneiros nas últimas duas semanas de maio também influenciaram o desempenho da carga no mês", afirmou.

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