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Greenpeace publica documento secreto de pacto entre EUA e UE

Segundo o Greenpeace, o tratado reduziria a segurança alimentar e os padrões ambientais nos EUA e na União Europeia

Greenpeace: textos apontam que os EUA querem acabar com norma europeia que evita entrada de produtos potencialmente perigosos no mercado antes de testes. (Odd Andersen/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2016 às 12h37.

Berlim - Um tratado comercial sendo negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos reduziria a segurança alimentar e os padrões ambientais, alertou o Greenpeace nesta segunda-feira, citando documentos confidenciais das negociações.

A Comissão Europeia, porém, disse que os documentos refletem posições de conversações, e não qualquer resultado definitivo, e um importante negociador da UE minimizou alguns dos argumentos do grupo ambientalista, que chamou de "redondamente enganados".

O Greenpeace se opõe à Parceria Transatlântica de Comércio de Investimento (TTIP, na sigla em inglês), argumentando com outros críticos que concederia poder demais às grandes corporações às custas dos consumidores e dos governos nacionais.

Defensores do acordo afirmam que a TTIP irá produzir ganhos de mais de 100 bilhões de dólares dos dois lados do oceano Atlântico.

O Greenpeace da Holanda publicou 248 páginas de "textos consolidados" para 13 capítulos, ou cerca de metade, do acordo no site TTIP-leaks.org nesta segunda-feira.

Os documentos são do início de abril, portanto antes de uma rodada de reuniões que aconteceram na semana passada em Nova York.

"Fizemos isso para incitar um debate", disse o especialista em comércio do Greenpeace Juergen Knirsch, em uma coletiva de imprensa em Berlim, acrescentando que os documentos mostram que as negociações deveriam ser suspensas.

"A melhor coisa que a Comissão da UE pode fazer é dizer 'desculpem, cometemos um erro'".

Os papéis mostram o quão enraizadas se tornaram as diferenças dos dois lados do Atlântico, afirma o Greenpeace, embora Washington e Bruxelas tenham dito na semana passada que ainda podem chegar a um acordo antes de o presidente dos EUA, Barack Obama, deixar o cargo em janeiro de 2017.

Knirsch disse que os textos apontam que os EUA queriam substituir o "princípio precaucionário" da Europa –que evita que produtos potencialmente perigosos cheguem ao mercado quando seu efeito é desconhecido ou questionado– com uma abordagem menos exigente.

Na Europa, existe uma oposição generalizada à permissão de importação de mais produtos agrícolas norte-americanos devido à preocupação com os alimentos geneticamente modificados.

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Berlim - Um tratado comercial sendo negociado entre a União Europeia e os Estados Unidos reduziria a segurança alimentar e os padrões ambientais, alertou o Greenpeace nesta segunda-feira, citando documentos confidenciais das negociações.

A Comissão Europeia, porém, disse que os documentos refletem posições de conversações, e não qualquer resultado definitivo, e um importante negociador da UE minimizou alguns dos argumentos do grupo ambientalista, que chamou de "redondamente enganados".

O Greenpeace se opõe à Parceria Transatlântica de Comércio de Investimento (TTIP, na sigla em inglês), argumentando com outros críticos que concederia poder demais às grandes corporações às custas dos consumidores e dos governos nacionais.

Defensores do acordo afirmam que a TTIP irá produzir ganhos de mais de 100 bilhões de dólares dos dois lados do oceano Atlântico.

O Greenpeace da Holanda publicou 248 páginas de "textos consolidados" para 13 capítulos, ou cerca de metade, do acordo no site TTIP-leaks.org nesta segunda-feira.

Os documentos são do início de abril, portanto antes de uma rodada de reuniões que aconteceram na semana passada em Nova York.

"Fizemos isso para incitar um debate", disse o especialista em comércio do Greenpeace Juergen Knirsch, em uma coletiva de imprensa em Berlim, acrescentando que os documentos mostram que as negociações deveriam ser suspensas.

"A melhor coisa que a Comissão da UE pode fazer é dizer 'desculpem, cometemos um erro'".

Os papéis mostram o quão enraizadas se tornaram as diferenças dos dois lados do Atlântico, afirma o Greenpeace, embora Washington e Bruxelas tenham dito na semana passada que ainda podem chegar a um acordo antes de o presidente dos EUA, Barack Obama, deixar o cargo em janeiro de 2017.

Knirsch disse que os textos apontam que os EUA queriam substituir o "princípio precaucionário" da Europa –que evita que produtos potencialmente perigosos cheguem ao mercado quando seu efeito é desconhecido ou questionado– com uma abordagem menos exigente.

Na Europa, existe uma oposição generalizada à permissão de importação de mais produtos agrícolas norte-americanos devido à preocupação com os alimentos geneticamente modificados.

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