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Grécia: credores estão próximos de compromisso sobre dívida

Ministro das Finanças grego sinalizou que um compromisso estava perto ao afirmar que o FMI havia concordado em considerar a dívida do país viável se cair para 124% do PIB

Eurogroup já concordou com medidas para reduzir a dívida grega a 130 por cento do PIB em 2020 (Yorgos Karahalis/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2012 às 10h51.

Atenas - O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) relaxou sua meta de redução da dívida para a Grécia e há apenas uma diferença de 10 bilhões de euros a ser preenchida para que uma importante parcela de ajuda seja paga, disse nesta sexta-feira o ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras.

Mas outras fontes envolvidas nas negociações alertaram que essa diferença é bem maior do que o sugerido pela Grécia e que os dois lados não estão prestes a fechar um acordo para resolver o problema mais intratável da zona do euro.

O ministro das Finanças grego sinalizou que um compromisso estava perto ao afirmar que o Fundo Monetário Internacional (FMI) havia concordado em considerar a dívida do país viável se cair para 124 por cento do PIB em 2020, ante meta anterior de 120 por cento.

O Eurogroup já concordou com medidas para reduzir a dívida grega a 130 por cento do PIB em 2020, disse Stournaras.

"Isso deixa uma diferença de 5 a 6 pontos percentuais do PIB a ser coberta --cerca de 10 bilhões de euros", disse ele a repórteres em Bruxelas.

A UE e o FMI estão avaliando reduzir a dívida através de uma combinação de cortes das taxa de juros e extensão dos vencimentos dos empréstimos do país, uma recompra de dívida e também fazendo com que o BCE abra mão de lucros em seus títulos gregos, disse à Reuters uma autoridade do Ministério das Finanças grego.

Oscilando à beira da bancarrota, a Grécia está cada vez mais frustrada com o fato de seus credores ainda discutirem sobre um acordo para destravar nova ajuda apesar de o país estar adotando cortes de austeridade impopulares que levaram milharem às ruas.

Atenas diz que o tempo está acabando e que precisa de suas próximas parcelas de quase 44 bilhões de euros em ajuda para recapitalizar bancos e estabilizar sua economia afetada pela recessão. Seu próximo grande pagamento de dívida será em meados de dezembro.


O país espera que a ajuda seja paga em uma parcela, disse o porta-voz do governo grego a uma rádio, minimizando as recentes especulações de que ela possa ser paga aos poucos.

"Otimista demais"

Os ministros das Finanças, o FMI e o Banco Central Europeu fracassaram nesta semana na tentativa de decidir sobre como reduzir a dívida do país para um nível sustentável e terão uma terceira rodada para resolver a questão na segunda-feira.

Uma fonte envolvida nas negociações confirmou que o FMI irá agora aceitar 124 por cento como meta, mas mostrou pessimismo em relação à diferença chegar a apenas 10 bilhões de euros.

"Ainda há coisas faltando para um acordo", disse a fonte. "Os 10 bilhões são muito otimistas." Uma autoridade do Ministério das Finanças grego disse que o BCE pode abrir mão de 9 bilhões de euros de lucros sobre os títulos gregos que detém, como parte das medidas para reduzir a dívida em 2020 ante estimativa anterior de 144 por cento do PIB.

Outras opções incluem economizar 8 bilhões de euros em corte da taxa de juros, ampliar os vencimentos da dívida grega e gastar 10 bilhões de euros para recomprar cerca de 30 bilhões de euros da dívida.

A Grécia já deu início aos preparativos para a recompra de dívida, que pode ser finalizada até o final do ano se os ministros das Finanças da zona do euro aprovarem a medida, disse a autoridade.

De acordo com projeções atuais do governo, a dívida grega é estimada em 340,6 bilhões de euros, ou 175,6 por cento do PIB no final de 2012. A expectativa é de que atinja o pico de 357,7 bilhões de euros, quase 191 por cento, em 2015.

De acordo com um documento que circulou na reunião, a dívida da Grécia não pode ser reduzida para 120 por cento do PIB até 2020, a menos que membros da zona do euro aceitem perdas em uma parte de seus empréstimos à Grécia, o que a Alemanha tem dito que seria ilegal.

O documento preparado para a reunião de ministros das Finanças da zona do euro e visto pela Reuters destacava várias opções, incluindo usar cerca de 10 bilhões de euros para recomprar bônus.

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Mas outras fontes envolvidas nas negociações alertaram que essa diferença é bem maior do que o sugerido pela Grécia e que os dois lados não estão prestes a fechar um acordo para resolver o problema mais intratável da zona do euro.

O ministro das Finanças grego sinalizou que um compromisso estava perto ao afirmar que o Fundo Monetário Internacional (FMI) havia concordado em considerar a dívida do país viável se cair para 124 por cento do PIB em 2020, ante meta anterior de 120 por cento.

O Eurogroup já concordou com medidas para reduzir a dívida grega a 130 por cento do PIB em 2020, disse Stournaras.

"Isso deixa uma diferença de 5 a 6 pontos percentuais do PIB a ser coberta --cerca de 10 bilhões de euros", disse ele a repórteres em Bruxelas.

A UE e o FMI estão avaliando reduzir a dívida através de uma combinação de cortes das taxa de juros e extensão dos vencimentos dos empréstimos do país, uma recompra de dívida e também fazendo com que o BCE abra mão de lucros em seus títulos gregos, disse à Reuters uma autoridade do Ministério das Finanças grego.

Oscilando à beira da bancarrota, a Grécia está cada vez mais frustrada com o fato de seus credores ainda discutirem sobre um acordo para destravar nova ajuda apesar de o país estar adotando cortes de austeridade impopulares que levaram milharem às ruas.

Atenas diz que o tempo está acabando e que precisa de suas próximas parcelas de quase 44 bilhões de euros em ajuda para recapitalizar bancos e estabilizar sua economia afetada pela recessão. Seu próximo grande pagamento de dívida será em meados de dezembro.


O país espera que a ajuda seja paga em uma parcela, disse o porta-voz do governo grego a uma rádio, minimizando as recentes especulações de que ela possa ser paga aos poucos.

"Otimista demais"

Os ministros das Finanças, o FMI e o Banco Central Europeu fracassaram nesta semana na tentativa de decidir sobre como reduzir a dívida do país para um nível sustentável e terão uma terceira rodada para resolver a questão na segunda-feira.

Uma fonte envolvida nas negociações confirmou que o FMI irá agora aceitar 124 por cento como meta, mas mostrou pessimismo em relação à diferença chegar a apenas 10 bilhões de euros.

"Ainda há coisas faltando para um acordo", disse a fonte. "Os 10 bilhões são muito otimistas." Uma autoridade do Ministério das Finanças grego disse que o BCE pode abrir mão de 9 bilhões de euros de lucros sobre os títulos gregos que detém, como parte das medidas para reduzir a dívida em 2020 ante estimativa anterior de 144 por cento do PIB.

Outras opções incluem economizar 8 bilhões de euros em corte da taxa de juros, ampliar os vencimentos da dívida grega e gastar 10 bilhões de euros para recomprar cerca de 30 bilhões de euros da dívida.

A Grécia já deu início aos preparativos para a recompra de dívida, que pode ser finalizada até o final do ano se os ministros das Finanças da zona do euro aprovarem a medida, disse a autoridade.

De acordo com projeções atuais do governo, a dívida grega é estimada em 340,6 bilhões de euros, ou 175,6 por cento do PIB no final de 2012. A expectativa é de que atinja o pico de 357,7 bilhões de euros, quase 191 por cento, em 2015.

De acordo com um documento que circulou na reunião, a dívida da Grécia não pode ser reduzida para 120 por cento do PIB até 2020, a menos que membros da zona do euro aceitem perdas em uma parte de seus empréstimos à Grécia, o que a Alemanha tem dito que seria ilegal.

O documento preparado para a reunião de ministros das Finanças da zona do euro e visto pela Reuters destacava várias opções, incluindo usar cerca de 10 bilhões de euros para recomprar bônus.

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