Além disso, segundo André Prefeito, no varejo, o indicador ainda não captou a alta das tarifas de transporte urbano em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que deve funcionar como pressão de alta nos próximos índices (Milton Jung CBNSP/Flickr)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2013 às 17h53.
Rio - A inflação de 0,63% em junho, medida pelo IGP-10, é "incômoda", segundo o economista-chefe da corretora Gradual Investimentos, André Perfeito. Ele aponta o fim do período de deflação no atacado (de -0,39% em maio para 0,43%) e dos agrícolas no atacado (de -2,80% para 0,57%) como alguns dados negativos do indicador da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Além disso, segundo ele, no varejo, o indicador ainda não captou a alta das tarifas de transporte urbano em São Paulo e no Rio de Janeiro, o que deve funcionar como pressão de alta nos próximos índices. E os alimentos ainda devem contribuir para corroer o orçamento das famílias daqui para frente.
Alguns grãos, como a soja, já voltaram a ficar mais caros, após um período de queda. Perfeito acredita que o processo de alta da inflação não será explosivo, mas que irá piorar por um período, antes que a inflação se acomode.
Já o IPCA-15, que será divulgado na próxima semana pelo IBGE, deve trazer taxa superior ao teto da meta, de 6,5%. A aposta do economista da Gradual é de alta de 0,37% no mês e de 6,66% em 12 meses.